WASHINGTON (Reuters) - A economia dos Estados Unidos desacelerou mais do que o estimado anteriormente no primeiro trimestre em meio ao desempenho mais fraco dos gastos dos consumidores em quase cinco anos, mas o crescimento parece ter retomado a força desde então diante do mercado de trabalho robusto e dos cortes tributários.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anual de 2 por cento no período entre janeiro e março, informou o Departamento do Comércio nesta quinta-feira em sua terceira estimativa do PIB do primeiro trimestre, em vez do ritmo de 2,2 por cento informado no mês passado.
A economia havia crescido 2,9 por cento no quarto trimestre. A redução no crescimento do primeiro trimestre refletiu gastos dos consumidores mais fracos e acúmulo menor de estoques do que o governo havia estimado no mês passado.
Um pacote de cortes tributários de 1,5 trilhão de dólares, que entrou em vigor em janeiro, estaria estimulando p crescimento econômico segundo trimestre, deixando-o no rumo certo para atingir a meta de 3 por cento do governo do presidente Donald Trump.
No entanto, economistas alertam que a política "América primeiro" do governo, que aumenta os temores de guerras comerciais, está afetando as perspectivas para a economia.
Os Estados Unidos estão envolvidos disputar comerciais com seus principais parceiros, incluindo a China, Canadá, México e União Europeia, o que os especialistas temem que possa interromper as cadeias de fornecimento, reduzir o investimento empresariais e aniquilar o estímulo fiscal.
As estimativas de crescimento para o segundo trimestre são de 5,3 por cento. Os economistas não esperavam que o crescimento do PIB no primeiro trimestre fosse revisado.
O crescimento dos gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, recuou para uma taxa de 0,9 por cento no primeiro trimestre, ante 1,0 por cento informado anteriormente. Este foi o ritmo mais lento desde o segundo trimestre de 2013 e refletiu revisões para baixo nos gastos com saúde por organizações sem fins lucrativos e despesas com serviços financeiros e de seguros. Os gastos do consumidor cresceram a uma taxa de 4,0 por cento no quarto trimestre.
(Reportagem de Lucia Mutikani)