Brasília, 11 set (EFE).- O governo brasileiro informou nesta quinta-feira que foram criados 101.425 empregos formais em agosto, o que representa uma queda de 20,5% em relação ao mesmo mês de 2013, mas uma forte recuperação se comparado a julho, quando só foram gerados 11.796 postos de trabalho.
Os números de agosto foram os mais baixos para o mês desde 2012, mas os mais altos até agora em 2014, segundo relatório divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O levantamento também mostra que, entre janeiro e agosto deste ano, a economia brasileira gerou 751 mil empregos formais, uma queda de 31,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Apesar dos dados negativos, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou que "os números do emprego formal contrariam as visões pessimistas da recessão".
Segundo dados oficiais, a economia brasileira sofreu contração de 0,6% no segundo trimestre deste ano e, ao acumular dois trimestres consecutivos de crescimento negativo, entrou no que os analistas consideram uma "recessão técnica". O governo alega que a situação é "conjuntural" e que já se percebe uma recuperação.
Dias reforçou essa tese ao afirmar que "a economia não está em recessão, mas em plena recuperação", e por isso mesmo é que o país "gerou mais de 100 mil novos empregos em agosto".
A atual taxa de desemprego no Brasil é de 5%, mas as dificuldades enfrentadas pela economia levaram muitos analistas a advertir sobre possíveis altas nos próximos meses.
Esse temor fez das políticas para a criação de empregos um dos assuntos centrais da campanha para presidente. O primeiro turno das eleições será realizado no dia 5 de outubro.
Segundo as pesquisas, o novo presidente do Brasil será conhecido em um segundo turno, disputado pela atual presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, do PT, e por Marina Silva, do PSB.