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Dados recentes aumentam chance de corte mais cedo nos juros americanos

Publicado 09.07.2024, 19:58
© Reuters.

Investing.com – Os analistas do Bank of America (NYSE:BAC) alertaram que os dados recentes da economia americana "elevam o risco de um corte antecipado na taxa de juros" pelo Federal Reserve Fed, possivelmente antes da expectativa anterior do banco, que era em dezembro. Apesar de observarem uma desaceleração no mercado de trabalho, destacam que não há sinais de colapso.

"A dinâmica do mercado de trabalho está perdendo força, com um crescimento de empregos mais lento, porém, ainda se mantém estável", comenta o relatório do BofA, que analisa os dados de emprego de junho. A expectativa é que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de junho também favoreça o processo de desinflação, influenciando uma possível ação precoce do Fed.

"Antecipamos que o relatório do IPC de junho indique uma desinflação, fortalecendo a convicção do Fed nesse processo", adiciona o BofA. A projeção é de um aumento modesto de 0,1% no IPC geral mensal, impulsionado pela queda nos preços da energia.

Embora mantenham a previsão de uma redução das taxas para dezembro, fundamentada nas tendências inflacionárias, os analistas reconhecem que os dados mais recentes têm peso significativo.

"A leveza observada no relatório deverá manter as expectativas de mercado para um corte ainda este ano e mantém a possibilidade de uma ação em setembro como viável", concluem.

O relatório sublinha a desaceleração econômica, evidenciada pelos dados de atividade e emprego, que poderia antecipar o início de um ciclo de redução das taxas de juros pelo Fed.

Inflação de junho deve reforçar convicção de cortes em setembro

Segundo previsões do Goldman Sachs (NYSE:GS), os próximos indicadores de inflação deverão mostrar uma contínua desaceleração. Além disso, o recente aumento da taxa de desemprego nos EUA pode levar o Fed a adotar um caminho mais prolongado até um possível corte nas taxas de juros em setembro.

"Os dados recentes reforçaram nossa expectativa de que o Fed realizará um corte em setembro", afirmou o Goldman Sachs em comunicado na segunda-feira. Esta previsão baseia-se em uma série de relatórios econômicos, incluindo os dados recentes do mercado de trabalho e a expectativa de que o relatório de inflação de junho, que será divulgado em 11 de julho, apresente novos indícios de desinflação.

Os analistas do banco projetam que o Índice de Preços ao Consumidor de junho registre um aumento de apenas 0,21%, impulsionado pelos preços reduzidos de carros usados e hotéis, o que levaria a inflação acumulada em 12 meses para 3,4%. Caso essa desaceleração se confirme, não só marcaria um avanço significativo, como também poderia impactar negativamente as projeções para julho.

Embora a contenção da inflação tenha sido a principal estratégia do Fed nos últimos meses, diante de um mercado de trabalho robusto, agora a questão do pleno emprego também começa a ganhar destaque nas discussões do Fed.

Durante a conferência do Banco Central Europeu na semana passada, Jerome Powell destacou que "há um progresso considerável em relação à inflação, e que o Fomc (o “Copom” americano) agora enfrenta riscos mais equilibrados para alcançar suas metas de inflação e emprego", conforme relatado pelo Goldman Sachs.

Os dados mais recentes do mercado de trabalho, que foram divulgados na última semana, mostraram um equilíbrio maior entre oferta e demanda de mão de obra e devem pesar nas futuras decisões de política monetária do Fed.

O relatório de empregos urbanos (“payroll”) de junho registrou um aumento inesperado na taxa de desemprego, alcançando o maior nível em dois anos, com um acréscimo de 206.000 postos de trabalho. Contudo, este aumento foi ofuscado pelas revisões para baixo dos dados de abril e maio, que reduziram a média de crescimento dos últimos três meses para 177.000, contra os 249.000 registrados em maio, segundo o Goldman Sachs.

“O Fed não pode ignorar o mercado de trabalho”

Na visão da BCA Research, o Fed "não pode mais ignorar o mercado de trabalho" nos EUA.

Em um relatório divulgado na última sexta-feira, os estrategistas da casa de análise afirmaram que, com a taxa de desemprego atualmente acima de 4%, a expectativa é que o banco central americano passe a dar mais importância às condições do mercado de trabalho em suas decisões no curto prazo.

"Os nossos três principais indicadores do mercado de trabalho (taxa de desocupação, pedidos de auxílio-desemprego e folhas de pagamento não agrícolas) demonstraram uma suavização evidente, porém, ainda não indicam uma recessão iminente", destaca o relatório.

Apesar da ausência de sinais de recessão, o BCA ressalta que o Fed não também passará a acompanhar mais de perto outros indicadores econômicos, além da inflação.

A taxa de vagas de emprego, que registrou uma leve alta em maio, ainda se encontra significativamente abaixo dos picos anteriores e distante da meta de 4,5% estabelecida pelo BCA.

"Por ora, essa tendência de queda se mantém", observa o BCA, notando que os dados da taxa de vagas estão "em alerta amarelo, não mais em verde, mas ainda não em vermelho".

Os dados de pedidos de auxílio-desemprego inicial e contínuo mostram sinais divergentes.

"Os pedidos contínuos de auxílio-desemprego estão um pouco elevados em comparação com os anos anteriores, enquanto os pedidos iniciais estão alinhados com nossas referências históricas", relata o documento.

O BCA também destacou os números mensais das folhas de pagamento não agrícolas, que indicam uma clara redução no ímpeto de criação de empregos. A economia adicionou 206.000 empregos em junho, mas com revisões significativas para baixo nos dois meses anteriores.

Considerando uma possível revisão para baixo de 27.000 no relatório mais recente, a economia teria adicionado uma média de apenas 168 mil empregos por mês nos últimos três meses, ligeiramente abaixo da estimativa de equilíbrio do BCA.

"A elevação da taxa de desemprego reflete tanto a expansão da força de trabalho quanto uma desaceleração significativa nas contratações. Apesar das demissões permanecerem baixas, está cada vez mais difícil para os desempregados encontrarem um novo emprego."

Diante dessas condições, o BCA antecipa que o Fed provavelmente indicará um corte nas taxas de juros em setembro na sua próxima reunião, especialmente se o próximo relatório do IPC indicar fraqueza.

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