A taxa de desemprego caiu 0,3 ponto percentual na região metropolitana de São Paulo, ao passar de 18,6% em junho para 18,3% em julho, segundo o levantamento feito pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
No período, houve uma queda de 26 mil pessoas no total de desempregados, mas o número de pessoas a espera de uma vaga ainda é muito elevado (2,051 milhões de pessoas) ou 98 mil a mais do que no mesmo período do ano passado.
Na avaliação do economista do Dieese, Cesar Andaku, o mercado está reagindo melhor do que no início deste ano. “A partir de junho começamos a observar uma estabilização, mas devido à volatilidade na economia ainda é prematuro cravar que vamos ter uma sequência de queda”, opinou ele. Em junho último, A taxa tinha passado de 18,8% para 18,6%.
Andaku lembrou que na comparação com 2016 houve uma piora. Em julho do ano passado, havia 17,4% da População Economicamente Ativa (PEA) a procura de uma vaga. De acordo com ele, a pequena melhora em julho reflete principalmente o crescimento de autônomos (3%), o que acredita ser uma alternativa para “driblar a crise econômica”.
Comércio e construção
O nível de emprego aumentou 0,7% com um saldo de 68 mil postos de trabalho, número acima do total de pessoas que passaram a disputar uma chance no mercado de trabalho. A maioria dos setores ampliou as contratações com destaque para o comércio, onde surgiram 30 mil empregos, com alta de 1,9% e a construção civil, com 22 mil novas vagas (3,8%).
Na indústria, o saldo foi positivo em 20 mil postos de trabalho (1,5%) e em serviços foram abertas 14 mil vagas (0,3%). A pesquisa não especifica os segmentos que efetuaram mais cortes do que admissões.
Em julho havia 9,159 milhões de pessoas ocupadas na região metropolitana de São Paulo, sendo que o número de autônomos cresceu 3%, enquanto o de assalariados ficou ligeiramente inferior a julho (-0,1%). O levantamento mostra ainda que melhorou a situação do emprego com 0,4% mais contratados com carteira assinada, ao mesmo tempo em que diminuiu em 1,7%, o total de trabalhadores sem carteira.
Rendimento
O rendimento médio cresceu mais entre os ocupados (1,8%) atingindo R$ 2.033 . Já os ganhos dos assalariados teve correção média de 0,7% com o valor de R$ 2.099.