São Paulo, 23 jul (EFE).- O desemprego no Brasil subiu em junho pelo sexto mês consecutivo e ficou em 6,9%, dois décimos percentuais a mais que em maio, segundo informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O desemprego foi 2,1 pontos percentuais acima do registrado em junho do ano passado (4,8%) e representou a maior taxa para o mês desde 2010 (7%).
A população desocupada (1,7 milhão de pessoas) se manteve estável em relação a maio e subiu 44,9% frente a junho de 2014, enquanto o número de pessoas empregadas foi de 22,8 milhões, um número similar ao de maio, mas 1,3% inferior ao do mesmo mês do ano anterior.
O índice oficial de desemprego no Brasil mede o número de pessoas que buscam trabalho nas cidades de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, por isso que não leva em conta os já absorvidos pelo setor informal e os que desistiram de procurar emprego.
O indicador, Pesquisa Mensal de Emprego (PME), mostra dados inferiores a um novo cálculo oficial divulgado paralelamente e que leva em conta as recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Segundo os últimos dados do novo indicador, o desemprego no Brasil foi de 8,1% da população ativa no trimestre março-maio deste ano.
O país vinha reduzindo os índices de desemprego a seus mínimos históricos apesar da crise internacional, mas o fantasma voltou a assolar todos os setores produtivos do país.
Seu aumento coincide com as medidas de austeridade impostas pelo governo para reequilibrar as contas públicas, que no ano passado fecharam com déficit pela primeira vez em 13 anos, e com uma desaceleração da economia.