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Dívida pública federal cresce 0,61% em abril, após forte alta do dólar

Publicado 30.05.2018, 15:09
© Reuters.  Dívida pública federal cresce 0,61% em abril, após forte alta do dólar
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BRASÍLIA (Reuters) - A dívida pública federal do Brasil cresceu 0,61 por cento em abril sobre março, a 3,659 trilhões de reais, divulgou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira, num mês marcado pela expressiva alta do dólar frente ao real.

Neste período, o estoque da dívida externa saltou 4,02 por cento por conta do câmbio, somando 134,09 bilhões de reais. Em abril, a moeda norte-americana acumulou valorização de 6,16 por cento frente ao real, maior avanço mensal desde novembro de 2016, em meio a temores de que os Estados Unidos poderiam subir mais os juros do que o esperado, afetando assim o fluxo de capital global.

Em maio, o movimento continuava e o dólar caminhava para acumular valorização de cerca de 7 por cento.

Segundo o Tesouro, no mês passado, a dívida pública mobiliária interna teve alta de 0,48 por cento, a 3,524 trilhões de reais, afetada pela apropriação positiva de juros de 23,78 bilhões de reais, parcialmente compensada pelo resgate líquido de 6,33 bilhões de reais.

O estoque total da dívida seguia fora do intervalo de 3,78 trilhões a 3,98 trilhões de reais estabelecido pelo Plano Anual de Financiamento (PAF) para 2018.

ATUAÇÃO

Com o cenário externo ainda conturbado, somado a incertezas políticas internas, fez o Tesouro anunciar na semana passada o cancelamento dos leilões tradicionais de vendas de títulos públicos previstos para os três últimos dias úteis de maio e a promoção de leilões diários para compra ou compra e venda de Notas do Tesouro Nacional Série F (NTN-F) nos dias 28, 29 e 30.

Com isso, o Tesouro retomou a atuação conjunta com o Banco Central na tentativa de acalmar os mercados.

O Tesouro afirmou ainda que os títulos prefixados seguiram com maior peso na dívida em abril, a 34,44 por cento do total, abaixo dos 35,39 por cento em março, mas ainda dentro da meta de 32 a 36 por cento no ano.

Os títulos atrelados à taxa flutuante, como a Selic, encerraram o mês com 32,03 por cento do geral, acima dos 31,29 por cento em março. Para o ano, o objetivo é que esses papéis, representados pelas LFTs, respondam por 31 a 35 por cento da dívida pública federal.

Os títulos indexados à inflação, por sua vez, representaram 29,73 por cento da dívida total em abril, contra 29,64 por cento no mês anterior, sendo que a referência para o ano é de 27 a 31 por cento.

Em relação à participação dos investidores estrangeiros na dívida mobiliária interna, a fatia subiu a 12,28 por cento em abril, ante 11,84 por cento em março.

(Por Marcela Ayres)

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