BRASÍLIA (Reuters) - A dívida pública federal subiu 1,32 por cento em dezembro sobre novembro e 8,9 por cento no acumulado de 2018, encerrando o ano a 3,877 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira.
Com isso, o estoque ficou dentro do intervalo de 3,78 trilhões a 3,98 trilhões de reais estabelecido como meta no Plano Anual de Financiamento (PAF).
O aumento foi puxado pelo crescimento de 8,5 por cento da dívida mobiliária federal interna sobre 2017, a 3,729 trilhões de reais. Enquanto isso, a dívida externa teve uma expansão de 19,7 por cento na mesma base de comparação, a 148,20 bilhões de reais.
Em relação à composição, o governo encerrou o ano com todas as diferentes categorias de títulos enquadradas nas bandas estabelecidas pelo PAF.
As LFTs, que flutuam com a Selic, responderam pela maior fatia da dívida, a 35,51 por cento do total, dentro da faixa de 33 a 37 por cento estabelecida como meta para o ano, e com aumento sobe o patamar de 31,51 por cento em 2017.
Inicialmente, o Tesouro havia fixado intervalo de 31 a 35 por cento para os papéis em 2018, mas ampliou esse alvo no início de setembro, em resposta a condições adversas do mercado, então catapultadas por incertezas no cenário externo e pelas eleições presidenciais no Brasil.
Esses papéis pós-fixados são mais demandados por investidores quando há percepção de aumento do risco.
Os papéis prefixados, por sua vez, viram sua representatividade ficar em 33,03 por cento, dentro de meta de 32 a 36 por cento para o ano, e abaixo do nível de 35,34 por cento de dezembro de 2017.
Os títulos indexados à inflação fecharam 2018 em 27,46 por cento da dívida, sendo que a referência para o ano era de 27 a 31 por cento. Com isso, exibiram recuo ante o percentual de 29,55 por cento em 2017.
Já os títulos remunerados pelo câmbio tiveram participação de 4 por cento da dívida total, acima dos 3,6 por cento de 2017, mas também dentro da faixa de 3 a 7 por cento fixada como meta.
A participação dos investidores estrangeiros em títulos da dívida interna fechou 2018 em baixa, com parcela de 11,22 por cento em dezembro, ante 11,74 por cento em novembro e 12,12 por cento em dezembro de 2017.
(Por Marcela Ayres)