BERLIM (Reuters) - A economia alemã cresceu no segundo trimestre, sustentada por gastos domésticos e governamentais e superando as expectativas dos analistas que a viam o país à beira de uma retração, mostraram dados nesta quinta-feira.
A maior economia da Europa cresceu 0,1% na comparação trimestral e 1,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, em dado ajustado para efeitos de preço e calendário, disse o escritório federal de estatísticas.
Analistas consultados pela Reuters esperavam que a economia estagnasse nos três meses até junho em relação ao trimestre anterior, em linha com a estimativa preliminar anterior do escritório de estatísticas.
As despesas das famílias aumentaram 0,8% em comparação com o primeiro trimestre, apesar das altas taxas de inflação e de uma crise energética, disse o escritório. O consumo do governo cresceu 2,3%.
Analistas dizem que as preocupações com a economia continuavam fortes.
"Os fatores negativos são atualmente tão grandes que não se pode descartar mesmo uma retração mais acentuada", disse o economista-chefe do VP Bank Thomas Gitzel. "Ou, dito de outra forma: muitas coisas positivas teriam que acontecer para que uma recessão não se materialize."
(Reportagem de Miranda Murray)