BRASÍLIA (Reuters) - Economistas pioraram suas expectativas para o desempenho das contas públicas neste ano e no próximo, estimando uma receita líquida mais baixa nos dois casos, conforme relatório Prisma Fiscal de abril, divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Economia.
Segundo a mediana dos dados coletados até o quinto dia útil deste mês, a expectativa para o déficit primário do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) passou a 100,456 bilhões de reais em 2019, acima dos 98,175 bilhões de reais projetados em março.
A estimativa, contudo, segue longe da meta oficial de um déficit de 139 bilhões de reais para o ano.
Para 2020, a expectativa dos economistas passou a ser de um rombo primário de 68,974 bilhões de reais, ante déficit de 68,406 bilhões de reais calculado no mês anterior.
Neste caso, a meta fiscal ainda não foi definida, mas foi indicada pelo governo anterior, do ex-presidente Michel Temer, como um rombo primário de 110 bilhões. A nova equipe econômica decidirá a meta fiscal do próximo ano no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que deverá ser encaminhado ao Congresso Nacional até 15 de abril.
Em relação à dívida bruta, a projeção ficou pior para 2019, a 78,20 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), sobre 78 por cento antes. Para o próximo ano, os economistas também elevaram a estimativa a 79,36 por cento do PIB, ante 79,24 por cento antes, destacou o Prisma.
(Por Marcela Ayres)