SÃO PAULO (Reuters) - As expectativas para o crescimento da economia brasileira neste ano foram reduzidas ainda mais na pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira diante do ritmo lento da atividade, bem como a conta para a inflação.
O levantamento realizado semanalmente com uma centena de economistas mostrou que a projeção agora é de uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 de 1,40 por cento, redução de 0,04 ponto percentual sobre a semana anterior. Para 2019, a conta permanece em 2,50 por cento.
A redução acontece mais uma vez na esteira da expectativa de uma produção industrial mais fraca neste ano, com o crescimento do setor projetado agora em 2,26 por cento, de 2,43 por cento antes.
A atividade econômica vem crescendo muito lentamente, tendo avançado apenas a uma taxa de 0,2 por cento no segundo trimestre sobre o período anterior, em meio às incertezas às vésperas da eleição presidencial de outubro.
Na pesquisa do BC, o número para a inflação em 2018 foi reduzido pela segunda semana seguida, com a estimativa para a alta do IPCA a 4,05 por cento de 4,16 por cento, mas para o ano que vem seguiu em 4,11 por cento.
O centro da meta oficial do governo para 2018 é de 4,50 por cento e, para 2019, de 4,25 por cento, sendo que para ambos os anos há margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Permaneceram inaltadas as contas para a taxa básica de juros, com a Selic estimada a 6,5 por cento no final deste ano e a 8 por cento em 2019. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também continua vendo os juros a 6,5 por cento em 2018, mas reduziu a previsão para a taxa em 2019 de 7,75 por cento a 7,63 por cento na mediana das estimativas.