O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que, se for necessário, a equipe econômica poderá apresentar novas medidas de contenção de gastos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para "sintonizar aspirações". Ele reiterou, no entanto, que as propostas divulgadas terão contenção real de R$ 327 bilhões até 2030.
Ao comentar sobre as críticas do mercado de que houve uma "desidratação" no pacote, Haddad disse que é preciso sopesar os ganhos de médio prazo, que podem ser nulos, e os riscos de aprovação das medidas no Congresso Nacional.
Ele citou, por exemplo, que colocar o programa Pé-de-Meia no orçamento pode ter impacto maior do que desvinculação, por exemplo. "Foi feita essa consideração sobre cada ponto que está aqui. E na verdade, todo mundo cedeu às evidências. Ninguém aqui é teimoso de se negar a enxergar dados", disse.
Haddad avaliou que a Junta de Execução Orçamentária (JEO) nunca esteve tão sintonizada para atender a necessidade de reforçar o arcabouço fiscal quanto nos últimos dois meses. "Eu estou dando testemunho de que nos últimos dois meses esses ministros estiveram debruçados sobre o tema com convicção de que tínhamos que apresentar o que estamos apresentando hoje", afirmou.