Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - O número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego provavelmente disparou para um recorde de até 4 milhões na semana passada uma vez que as fortes medidas para conter a pandemia do coronavírus levaram o país a uma parada súbita, provocando uma onda de dispensas.
O relatório semanal de pedidos de auxílio-desemprego do Departamento do Trabalho nesta quinta-feira vai oferecer a evidência mais clara sobre o devastador impacto do coronavírus na economia, que forçou o Federal Reserve a adotar medidas extraordinárias e levou o Congresso a correr para aprovar um pacote de estímulo de 2 trilhões de dólares.
Economistas dizem que a economia já está em recessão e que o relatório fornecerá uma prova disso.
De acordo com a mediana na pesquisa da Reuters com economistas, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego provavelmente saltaram para uma taxa sazonalmente ajustada de 1 milhão na semana encerrada em 21 de março, o que ofuscará o recorde anterior de 695 mil em 1982.
As estimativas na pesquisa chegaram aos 4 milhões.
"Os esforços de contenção em resposta ao coronavírus resultaram em uma mudança bastante repentina e dramática em apenas poucos dias", disse Stephen Gallagher, economista-chefe do Société Générale.
"As dispensas fizeram parte dessa mudança e os trabalhadores parecem ter lotado as agências de emissão de seguro-desemprego dentro de um pequeno espaço de tempo."