Por Jonathan Cable
LONDRES (Reuters) - As empresas da zona do euro encerraram o ano com desaceleração do crescimento apesar de mais cortes de preços, o que sugere que a política monetária frouxa do Banco Central Europeu (BCE) ainda não está exercendo muito efeito, mostrou nesta quarta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).
"Tenho certeza que todos gostariam de ter visto crescimento mais forte do que isso, e talvez seja uma indicação de que o 'quantitative easing' não está tendo o efeito que se esperava. Mais precisa ser feito", disse o economista-chefe do Markit, Chris Williamson.
O PMI Composto preliminar do Markit para a zona do euro caiu para 54,0 ante 54,2 em novembro. Embora a expectativa em pesquisa da Reuters fosse de que ele se manteria no nível de novembro, o índice permanece acima da marca de 50 que separa crescimento de contração desde julho de 2013.
Williamson disse que o PMI indica crescimento econômico no quarto trimestre de 0,4 por cento, em linha com pesquisa da Reuters publicada na semana passada.
Os preços subiram apenas 0,1 por cento em novembro segundo dados oficiais, e o índice de preços composto ficou abaixo de 50 pelo terceiro mês, permanecendo em 49,5.
Apesar do corte de preços, o PMI do setor de serviços caiu a 53,9 ante 54,2 em novembro. Já a indústria teve um final de ano melhor do que o esperado, com o PMI subindo à máxima de 20 meses a 53,1, contra expectativa de manutenção no patamar de novembro de 52,8.