Por Howard Schneider
WASHINGTON (Reuters) - Em meio ao que se tornou uma década de ouro para o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos cortou as taxas de juros em pequenas levas duas vezes na década de 1990, conseguindo ajudar a economia norte-americana a continuar crescendo apesar do investimento e do crescimento fracos no exterior.
O Fed de hoje espera que uma terceira vez se prove igualmente eficaz.
Na reunião de política monetária desta semana, as autoridades do Fed parecem prontas para conduzir a economia de maneira semelhante com um terceiro corte consecutivo nos juros. Isso corresponderia às medidas tomadas pelo então chairman do Fed, Alan Greenspan, em 1995 e 1998, durante uma era conhecida como "a Grande Moderação" por seu crescimento constante, queda do desemprego e inflação moderada.
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Não há um compromisso claro com outra redução nos custos de empréstimos por parte dos formuladores de política do Fed, embora uma falha em reduzir os juros na quarta-feira possa arriscar a deterioração dos mercados financeiros que estão confiantes de que outro corte está por vir.
Com bilhões de dólares em apostas nos mercados futuros vinculados antecipadamente a ações do Fed, qualquer desvio do banco central em relação ao curso esperado normalmente leva a fortes oscilações nos mercados de títulos e ações.
Um corte no custo dos empréstimos na quarta-feira, que seria o terceiro do Fed este ano, reduziria a taxa básica de juros para um novo intervalo entre 1,5% e 1,75%. As autoridades podem enfatizar que "os três cortes cumulativamente serviram para equilibrar os riscos às perspectivas" e provavelmente manterão a economia nos trilhos, escreveu Michael Feroli, economista do JP Morgan, na semana passada.