Por Shrutee Sarkar
BENGALURU (Reuters) - O Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) aumentará as taxas de juros no terceiro trimestre do ano que vem, mais cedo do que o esperado há um mês, de acordo com pesquisa da Reuters com economistas, segundo os quais o risco é que a elevação ocorra ainda mais cedo.
Essa mudança nas expectativas de aperto monetário via juros para o terceiro trimestre do próximo ano, ante quarto trimestre, foi impulsionada por uma inflação persistentemente mais alta e agora mostra opiniões de economistas quase em linha com os preços de mercado.
No entanto, o aumento dos casos de Covid-19 em todo o mundo, em meio ao surgimento da variante Ômicron, e novas restrições em alguns países ressaltam que a pandemia ainda não acabou.
Ainda assim, a pesquisa de 3 a 8 de dezembro previu que o Fed aumentaria as taxas em 25 pontos-base, para a faixa entre 0,25 e 0,50%, no terceiro trimestre de 2022. A ação seria seguida por mais três aumentos --no quarto trimestre do próximo ano e no primeiro e segundo trimestre de 2023. A taxa de juros deverá atingir o intervalo entre 1,25 e 1,50% no fim de 2023.
A mudança de cronograma para o terceiro trimestre do próximo ano também foi apoiada pelo chair do Fed, Jerome Powell, o qual afirmou que o banco central discutiria em dezembro se encerraria suas compras mensais de bônus de 120 bilhões de dólares alguns meses antes do previsto. As expectativas anteriores eram de que o programa terminasse em meados de 2022.
Mais de 60% dos entrevistados para uma pergunta adicional, 22 de 35, disseram que o programa terminaria em março. Mais de 80% dos consultados, 30 de 36, disseram que o risco para o momento da primeira alta de juros é que ela chegue mais cedo.
Dezesseis disseram que um aumento poderia ocorrer no segundo trimestre de 2022 e cinco disseram que poderia acontecer já no próximo trimestre. Há apenas um mês, apenas cinco economistas haviam dito que o Fed deveria subir no segundo trimestre do ano que vem e quatro disseram no primeiro trimestre.