Washington, 9 abr (EFE).- A economia da América Latina crescerá 1,4% em 2019 e 2,4% em 2020, segundo revelou o Fundo Monetário Internacional (FMI) no relatório de Perspectivas Econômicas Globais divulgado nesta terça-feira, seis décimos e um décimo a menos do que a estimativa divulgada em janeiro, respectivamente, por conta da piora das previsões para Brasil e México e pelo aprofundamento da crise venezuelana.
As conclusões foram apresentadas pela economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, por ocasião da assembleia de primavera (no Hemisfério Norte) conjunta com o Banco Mundial, que acontece em Washington, nos Estados Unidos.
De acordo com o relatório, as previsões indicam que o México crescerá 1,6% neste ano e 1,9% em 2020, cinco e três décimos a menos do que o calculado anteriormente, devido à incerteza provocada por algumas políticas do novo governo liderado pelo presidente Andrés Manuel López Obrador.
O Brasil, por sua vez, continuará sua "recuperação gradual" com uma expansão de 2,1% neste ano, quatro décimos a menos do que o previsto, e de 2,5% em 2020, três a mais do que o estimado em janeiro.
Já o colapso econômico na Venezuela segue piorando e o FMI calcula que o PIB cairá 25% em 2019, sete décimos a mais do que o previsto em janeiro.
Sobre a Argentina, o FMI mudou na sexta-feira passada as perspectivas de recessão para 1,2% para 2019, em comparação com a queda de 1,7% calculada há três meses, mas piorou a previsão da inflação para 30% no final deste ano.
O relatório foi apresentado no início da assembleia de primavera do FMI e do Banco Mundial (BM), que reúne na capital americana os responsáveis de economia de seus 189 países-membros e vai até o fim de semana.