WASHINGTON (Reuters) - Os gastos dos consumidores nos Estados Unidos subiram pelo sétimo mês consecutivo em setembro, mas a renda registrou o menor ganho em mais de um ano, sugerindo uma moderação nos gastos no futuro.
O Departamento de Comércio informou nesta segunda-feira que os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram 0,4 por cento no mês passado, quando as famílias compraram veículos e gastaram mais em cuidados de saúde.
Os dados de agosto foram revisados para mostrar que os gastos avançaram 0,5 por cento, em vez do ganho de 0,3 por cento registrado anteriormente.
Economistas consultados pela Reuters previam que os gastos dos consumidores aumentariam 0,4 por cento em setembro. Quando ajustados pela inflação, os gastos do consumidor subiram 0,3 por cento. O chamado gasto real do consumidor subiu 0,4 por cento em agosto.
Os dados foram incluídos no relatório do Produto Interno Bruto do terceiro trimestre da última sexta-feira, que mostrou que os gastos do consumidor aceleraram a uma taxa anualizada de 4,0 por cento, a mais rápida em quase quatro anos.
A economia cresceu a uma taxa de 3,5 por cento no terceiro trimestre, uma desaceleração em relação ao ritmo robusto de 4,2 por cento no período de abril a junho. O aumento de setembro nos gastos reais do consumidor o deixam em uma sólida trajetória de crescimento ao entrar no quarto trimestre.
Mas é improvável que o impulso se sustente. A renda pessoal subiu 0,2 por cento em setembro, o menor aumento desde junho de 2017, depois de ganhar 0,4 por cento em agosto. Os salários subiram 0,2 por cento depois de saltarem 0,5 por cento em agosto.
Os preços continuaram a subir de forma constante em setembro.
O índice PCE de preços excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia subiu 0,2 por cento após ficar estável em agosto. Isso deixou o aumento do núcleo da inflação na base anual em 2,0 por cento pelo quinto mês consecutivo.
O núcleo do índice PCE é a medida de inflação preferencial do Federal Reserve. A meta de inflação de 2 por cento do banco central dos EUA foi atingida em março pela primeira vez desde abril de 2012.
(Por Lucia Mutikani)