Bruxelas, 22 ago (EFE).- A Comissão Europeia afirmou nesta segunda-feira que por enquanto as sanções contra a Líbia continuarão em vigor, embora possam ser suspensas quando a União Europeia (UE), os especialistas e o "novo regime" do país julgarem oportuno.
"Por enquanto as sanções serão mantidas, mas assim que julgarmos que é adequado retirá-las para ajudar a população líbia, poderemos mudar essa decisão", disse o porta-voz para Relações Exteriores da UE, Michael Mann, em entrevista coletiva.
O porta-voz também afirmou que "primeiro é preciso enviar uma equipe para avaliar as necessidades no terreno e falar com as autoridades" para depois determinar medidas de apoio.
A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, está em contato com seus colegas da UE e da ONU e, segundo seu porta-voz, a UE tem "planos para o período pós-Kadafi" e espera poder acelerar os trabalhos.
"O que poderíamos oferecer é ajuda humanitária, apoiar a democratização, ajudar a convocar eleições, a constituir instituições, fomentar a sociedade civil e criar fundos para a recuperação econômica", disse Mann.
Ele acrescentou que o processo será liderado pelos próprios líbios.
Em relação ao momento em que a UE enviará uma equipe à Líbia, o porta-voz de Ashton revelou que a data "depende da evolução da situação" e que não está claro ainda quem lideraria a missão.
A UE abriu um escritório em Benghazi, mas pretende inaugurar em breve, e assim que as condições no terreno permitirem, uma delegação em Trípoli.
Especialistas em segurança terão que avaliar a situação na Líbia, já que, segundo Mann, "há um problema de segurança" no país.
Ele ressaltou que o trabalho nesta direção está em andamento e que espera poder acelerá-lo a partir de agora para promover o controle do uso e das licenças de armas, entre outras medidas.
Mann também manifestou sua esperança de que a Líbia entregue e extradite ao Tribunal Penal Internacional (TPI) Kadafi, seu filho Saif al Islam, e o cunhado do coronel, o chefe da inteligência do regime, Abdullah al Senussi, acusados de crimes contra a humanidade.
"Esperamos que sejam entregues ao TPI para que possam ser julgados de maneira correta", disse o porta-voz. EFE