BRASÍLIA (Reuters) - O governo central registrou superávit primário de 18,277 bilhões de reais em outubro, ante um saldo positivo de 30,592 bilhões de reais no mesmo mês do ano passado, informou o Tesouro Nacional nesta terça-feira. O resultado do governo central, que compreende as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social, veio no mês passado melhor que o saldo positivo de 15,6 bilhões de reais projetado por analistas em pesquisa da Reuters.
Em outubro, as despesas totais do governo cresceram 10,1% acima da inflação na comparação com mesmo mês de 2022, ritmo bem mais forte do que a alta de 0,6% observada na receita líquida, que desconta as transferências a Estados e municípios.
As receitas do governo foram impactadas negativamente pela arrecadação proveniente da exploração de recursos naturais, que caiu 3,3 bilhões de reais em relação ao mesmo mês do ano passado.
Do lado das despesas, houve um aumento de 2,3 bilhões de reais em gastos com benefícios previdenciários, além de uma alta de 6,3 bilhões de reais em despesas relacionadas ao programa Bolsa Família.
No acumulado dos primeiros dez meses do ano, as contas federais registraram déficit de 75,090 bilhões de reais, ante um superávit de 64,414 bilhões de reais no mesmo período de 2022.
Em 12 meses até setembro, o saldo fiscal ficou negativo em 85,3 bilhões de reais. Em dados corrigidos pela inflação, o déficit corresponde a 0,83% do PIB.
(Por Bernardo Caram)