Madri, 27 set (EFE).- O Executivo espanhol prevê que 2014 registre um aumento de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e uma redução de alguns décimos na taxa de desemprego para deixá-la em 25,9%, segundo o quadro macroeconômico que está no projeto de Orçamento do Estado para o ano que vem apresentado nesta sexta-feira.
O projeto não contempla novos aumentos de impostos e quer avançar por um caminho que permita que o déficit do conjunto das administrações públicas esteja abaixo de 3% em 2016.
Depois do Conselho de Ministros que aprovou o projeto para seu envio ao Parlamento, a vice-presidente do Governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría, afirmou que o documento contém previsões econômicas "prudentes e conservadoras" que apostam que o mercado de trabalho se estabilize em 2014 e estimule a criação de emprego na segunda metade do próximo ano.
O número de desempregados na Espanha no final de junho era de 5,9 milhões de pessoas, 26,26% da população ativa, segundo dados da última enquete oficial trimestral.
O governo espanhol espera que a economia deixe de destruir empregos no segundo semestre de 2014 e possa criar trabalho líquido com taxas anuais do PIB inferiores a 1%.
A este respeito, o ministro da Economia e Competitividade, Luis de Guindos, assegurou perante a imprensa que 2014 marcará um ponto de inflexão "importante" em relação ao vivido desde 2008, já que se produzirá pela primeira vez criação de emprego líquido e uma recuperação "efetiva" da economia espanhola.
O Executivo sustenta que, embora a economia caia 1,3% este ano, aumentará 0,7% em 2014 e fundamenta esta melhoria no crescimento do investimento e do consumo privado, que aumentarão 0,2%.
No entanto, a demanda interna seguirá contribuindo negativamente para o PIB e diminuirá 0,4 pontos, devido à falta de melhora no setor da construção e ao retrocesso de 2,9% do consumo público.
O setor exterior fornecerá 1,2 ponto ao crescimento em 2014, graças ao leilão das exportações, que aumentarão 5,5%, e das importações que subirão 2,4%, segundo as previsões do quadro macroeconômico.
O Executivo destaca que a melhora da posição da economia espanhola frente ao exterior permitirá obter um superávit de 2,3% do PIB este ano e de 3,4% em 2014.
Entre outras verbas de despesa, o Estado destinará 36,59 bilhões de euros, 3,5% do PIB, apenas ao pagamento de juros da dívida em 2014. É uma verba 5,2% inferior à de um ano antes graças à melhora do financiamento do país.
Os juros da dívida se transformaram em uma das principais verbas de despesa do Estado e não deixaram de crescer nos últimos anos, especialmente desde o início da crise. Além disso, a despesa com pensões crescerá acima de 4% em 2014.
Precisamente hoje o governo espanhol aprovou também o projeto de lei de reforma da previdência, que implicará em adequar seu cálculo à expectativa de vida e à revalorização do sistema da Seguridade Social sem vinculá-la diretamente à inflação.
A reforma quer garantir que os aposentados atuais vejam aumentadas as pensões em momentos de dificuldade (0,25%) e que possam se recuperar nas de bonança (0,25% mais a inflação).
Este projeto não agrada aos sindicatos, que preveem para os próximos anos uma progressiva deterioração das quantias recebidas pelos aposentados. EFE
eco/rsd
O projeto não contempla novos aumentos de impostos e quer avançar por um caminho que permita que o déficit do conjunto das administrações públicas esteja abaixo de 3% em 2016.
Depois do Conselho de Ministros que aprovou o projeto para seu envio ao Parlamento, a vice-presidente do Governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría, afirmou que o documento contém previsões econômicas "prudentes e conservadoras" que apostam que o mercado de trabalho se estabilize em 2014 e estimule a criação de emprego na segunda metade do próximo ano.
O número de desempregados na Espanha no final de junho era de 5,9 milhões de pessoas, 26,26% da população ativa, segundo dados da última enquete oficial trimestral.
O governo espanhol espera que a economia deixe de destruir empregos no segundo semestre de 2014 e possa criar trabalho líquido com taxas anuais do PIB inferiores a 1%.
A este respeito, o ministro da Economia e Competitividade, Luis de Guindos, assegurou perante a imprensa que 2014 marcará um ponto de inflexão "importante" em relação ao vivido desde 2008, já que se produzirá pela primeira vez criação de emprego líquido e uma recuperação "efetiva" da economia espanhola.
O Executivo sustenta que, embora a economia caia 1,3% este ano, aumentará 0,7% em 2014 e fundamenta esta melhoria no crescimento do investimento e do consumo privado, que aumentarão 0,2%.
No entanto, a demanda interna seguirá contribuindo negativamente para o PIB e diminuirá 0,4 pontos, devido à falta de melhora no setor da construção e ao retrocesso de 2,9% do consumo público.
O setor exterior fornecerá 1,2 ponto ao crescimento em 2014, graças ao leilão das exportações, que aumentarão 5,5%, e das importações que subirão 2,4%, segundo as previsões do quadro macroeconômico.
O Executivo destaca que a melhora da posição da economia espanhola frente ao exterior permitirá obter um superávit de 2,3% do PIB este ano e de 3,4% em 2014.
Entre outras verbas de despesa, o Estado destinará 36,59 bilhões de euros, 3,5% do PIB, apenas ao pagamento de juros da dívida em 2014. É uma verba 5,2% inferior à de um ano antes graças à melhora do financiamento do país.
Os juros da dívida se transformaram em uma das principais verbas de despesa do Estado e não deixaram de crescer nos últimos anos, especialmente desde o início da crise. Além disso, a despesa com pensões crescerá acima de 4% em 2014.
Precisamente hoje o governo espanhol aprovou também o projeto de lei de reforma da previdência, que implicará em adequar seu cálculo à expectativa de vida e à revalorização do sistema da Seguridade Social sem vinculá-la diretamente à inflação.
A reforma quer garantir que os aposentados atuais vejam aumentadas as pensões em momentos de dificuldade (0,25%) e que possam se recuperar nas de bonança (0,25% mais a inflação).
Este projeto não agrada aos sindicatos, que preveem para os próximos anos uma progressiva deterioração das quantias recebidas pelos aposentados. EFE
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