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Taxas futuras de juros caem no Brasil com decisão do Fed e antes do Copom

Publicado 31.07.2024, 16:46
© Reuters. Notas de 200 reaisn02/09/2020. REUTERS/Adriano Machado
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Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos DIs fecharam a sessão em queda firme, em especial entre os contratos mais longos, acompanhando o recuo dos rendimentos dos Treasuries no exterior, após o Federal Reserve passar indicações de que poderá iniciar o ciclo de corte de juros em setembro, enquanto no Brasil investidores ainda aguardavam a decisão do Copom na noite desta quarta-feira.

No fim da tarde a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2025 -- que reflete a política monetária no curtíssimo prazo -- estava praticamente estável, em 10,725%, ante 10,718% do ajuste anterior. Já a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 11,65%, ante 11,679% do ajuste anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2027 estava em 11,87%, ante 11,951%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 12,01%, ante 12,113%, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 11,99%, ante 12,091%.

A “superquarta” para os investidores tinha na agenda as decisões sobre juros do Banco do Japão, do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil, além da formação da taxa Ptax de fim de mês no mercado de câmbio brasileiro.

O dia começou com o BOJ elevando sua taxa básica de juros para 0,25% ao ano, surpreendendo boa parte dos investidores globais, e com o dólar registrando ganhos firmes ante o real em função da disputa pela Ptax -- taxa de câmbio calculada pelo BC com base nas cotações do mercado à vista e que serve de referência para a liquidação de contratos futuros.

Apesar do avanço do dólar ante o real, as taxas dos DIs engataram perdas firmes ainda pela manhã, em sintonia com o recuo dos rendimentos dos Treasuries no exterior, onde investidores aguardavam pela decisão do Fed e pela entrevista coletiva do chair da instituição, Jerome Powell.

Como esperado, o Fed anunciou às 15h a manutenção de sua taxa de juros na faixa de 5,25% a 5,50%, mas passou indicações de que os cortes podem começar em setembro.

"Houve mais algum progresso em direção à meta de 2% (de inflação) do Comitê", disse o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed em comunicado. Para o colegiado, a inflação agora está apenas "um pouco elevada" -- um importante rebaixamento em relação à avaliação que o banco central utilizou anteriormente, de que a inflação estava "elevada".

Após comentários de Powell, as projeções de cortes em setembro ganharam ainda mais força. De acordo com o chair do Fed, um corte na taxa de juros pode ser cogitado já na próxima reunião se a inflação cair conforme as expectativas.

“A porta ficou bem aberta para corte em setembro, e o mercado já está reagindo bem a isso. Os principais índices (de ações) norte-americanos (estão) subindo bem”, comentou durante a tarde Marcos Moreira, sócio da WMS Capital. “O mercado de trabalho não parece, neste momento, ser fonte de pressão sobre a inflação. Esse era um dos grandes pontos de atenção”, acrescentou.

Neste cenário, os yields dos títulos norte-americanos se mantiveram em baixa. Em paralelo, a taxa do DI para janeiro de 2027 -- um dos mais líquidos -- atingiu a mínima de 11,80% às 15h42, durante a entrevista de Powell, em queda de 15 pontos-base ante o ajuste da véspera.

No fim da tarde investidores também faziam os últimos ajustes antes da decisão do Copom, marcada para depois de 18h30. Com a queda das taxas nesta quarta-feira, a curva a termo brasileira precificava perto do fechamento 93% de chances de manutenção da Selic em 10,50% ao ano nesta quarta-feira. A probabilidade de alta de 25 pontos-base estava em 7%. Na sexta-feira passada os percentuais eram de 80% e 20%, respectivamente.

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02/09/2020. REUTERS/Adriano Machado

No entanto, a curva ainda precifica chances majoritárias de pelo menos uma alta da Selic em 2024, em novembro, em um momento em que instituições do mercado alertam para a inflação ainda pressionada no Brasil.

“Neste cenário de juros parados, que é o que a gente espera até o final do ano que vem, o risco maior é de o BC ter que subir (a Selic), do que voltar a reduzir os juros, justamente por conta dessa confluência de pressões de inflação, que têm que ser monitoradas”, afirmou o economista-chefe da XP (BVMF:XPBR31), Caio Megale, em comentário enviado a clientes. “Nesta reunião agora ele deve comentar um pouco sobre isso.”

Às 19h36, o rendimento do Treasury de dez anos -- referência global para decisões de investimento -- caía 6 pontos-base, a 4,08%.

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