O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou nesta quinta-feira que o arcabouço fiscal foi bem recebido e que sua compreensão vai dar sossego para o Banco Central e previsibilidade para o mercado. "Desde o ano passado, a área econômica vem reafirmando: o arcabouço fiscal foi muito bem recebido no Brasil e no mundo - pelas agências de risco, pelos organismos econômicos internacionais", citou, acrescentando que a estrutura colocará o País nos "moldes adequados" do regime fiscal.
Haddad avisou que precisaria sair para ir ao Congresso falar sobre o pacote e que técnicos passariam a responder às perguntas da imprensa, o que está acontecendo neste momento. "Terei várias oportunidades para responder a perguntas", afirmou, citando que na sexta-feira estará em um almoço na Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Sobre o pacote anunciado na noite da quarta-feira por cadeia de rádio e TV, o ministro disse que se trata de algo "importante" para que haja uma execução orçamentária mais tranquila nos próximos anos.
Ele lembrou que, este ano, o Executivo já bloqueou quase R$ 20 bilhões do orçamento, mesmo tendo avanço da arrecadação. "Estou muito seguro de que, com essas medidas, teremos êxito em cumprir as metas no ano que vem", previu, lembrando que há uma série de gatilhos a serem disparados em caso de seu descumprimento. "Estou muito seguro de que, assim como não foram disparados até agora, não teremos gatilhos em 2025", considerou.
Sem citar diretamente o governo passado, Haddad disse que o governo vem trabalhando sem maquiagem das contas, sem a necessidade de não pagar despesas previstas da lei. "Esse tipo de maquiagem, de contabilidade criativa, que foi feita recentemente", afirmou, em referência ao governo anterior.