Por James Pomfret e Clare Baldwin
HONG KONG (Reuters) - Funcionários do governo de Hong Kong removeram grande parte do principal acampamento de manifestantes pró-democracia perto do centro financeiro da cidade nesta quinta-feira, marcando o fim de mais de dois meses de protestos nas ruas.
As manifestações principalmente pacíficas para cobrar eleições livres na cidade controlada pela China chegaram a representar um dos maiores desafios ao regime chinês desde os protestos por democracia e a consequente repressão violenta na Praça da Paz Celestial, em Pequim, em 1989.
Centenas de policiais se posicionaram no bairro do Almirantado, perto de prédios do governo e da área comercial Central, enquanto funcionários com chapéu de obra removiam as barricadas.
Policiais foram vistos levando dois manifestantes, enquanto os trabalhadores desmontavam lentamente barreiras de bambu, observados por uma multidão de espectadores e de jornalistas.
Centenas de policiais avançaram por outras partes do Almirantado vasculhando barracas antes de derrubá-las junto com barreiras de metal e guarda-chuvas, que eram usados pelos ativistas durante confrontos com a polícia para se proteger do spray de pimenta.
A ex-colônia britânica voltou ao governo da China em 1997 sob a fórmula "um país, dois sistemas", que permite à cidade certa autonomia da China continental e uma promessa de um eventual sufrágio universal.
Pequim permitiu uma votação para eleger o líder local em 2017, mas apenas após pré-selecionar os candidatos.
((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))