Luxemburgo, 20 jun (EFE).- Os ministros de Finanças da zona do euro farão outra reunião extraordinária em 3 de julho para analisar se a Grécia cumpriu com as condições exigidas para desbloquear o quinto aporte de recursos do resgate.
Até o fim deste mês, os países do euro esperam que o Parlamento da Grécia aprove a estratégia fiscal de médio prazo e o programa de privatizações propostos pelo Governo de Atenas.
Após essas decisões, a UE poderia aprovar em julho o quinto desembolso do programa de resgate financeiro da Grécia (12 bilhões de euros junto com o Fundo Monetário Internacional), declarou o comissário de Economia europeu, Olli Rehn, em entrevista coletiva ao final de uma reunião de ministros de Finanças de países do euro.
"Há agora uma enorme responsabilidade nos ombros do novo Governo grego, mas também nos líderes e parlamentares" do país, afirmou o comissário.
Uma nova missão da chamada "troika" (a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional) estará em Atenas nesta terça e quarta-feira para analisar como o Governo grego está cumprindo o acordo alcançado no início deste mês para iniciar novas reformas.
O objetivo desta nova missão é "verificar se o Governo está aplicando" o memorando estipulado com a "troika" no último dia 3 de junho, e conhecer o texto que será enviado ao Parlamento de Atenas para votação "antes do fim de junho", explicou Rehn.
Quando o Parlamento tiver aprovado o texto, "concluiremos o memorando e o relatório de cumprimento, antes da reunião do Eurogrupo de 3 de julho" acrescentou.
Neste dia serão tratados os detalhes de outro programa de assistência financeira à Grécia, de maior prazo, e as modalidades de contribuição dos credores privados ao mesmo.
O comissário e o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, ressaltaram que os dois dias de reuniões das titulares de Finanças dos países do euro mostraram um consenso sobre essa participação ser "estritamente voluntária".
"Voluntário não envolve imposição", afirmou Juncker, também primeiro-ministro de Luxemburgo, em um esforço para acalmar possíveis inquietações do BCE e os bancos privados, que seriam os principais contribuintes do setor privado no novo programa de assistência financeira. EFE