Ibovespa interrompe série negativa com alta de 0,45%, aos 132,7 mil pontos

Publicado 29.07.2025, 14:59
Atualizado 29.07.2025, 18:10
© Reuters.  Ibovespa interrompe série negativa com alta de 0,45%, aos 132,7 mil pontos

Em dia de agenda de indicadores discreta, o Ibovespa, embora com giro ainda enfraquecido, conseguiu quebrar uma sequência negativa de três sessões que o colocou nesta segunda, 28, no menor nível de fechamento desde 22 de abril. Contudo, a perda de força em parte das blue chips à exceção de Petrobras (BVMF:PETR4) (ON +1,63%, PN +1,31%) limitou os ganhos do índice em direção ao fechamento.

Nesta terça, 29, o Ibovespa oscilou dos 132.129,79 - na mínima correspondente à abertura - até os 133.345,71, no pico da sessão, após ter testado o nível dos 131 mil pontos no dia anterior. Ao fim, marcava hoje 132.725,68 pontos, em alta de 0,45%, com giro a R$ 16,4 bilhões. Na semana, ainda cede 0,60% e, no mês, recua 4,41% - no ano, sobe 10,34%.

Para Felipe Papini, sócio da One Investimentos, o Ibovespa teve um dia de ajuste técnico após uma sequência perdedora, aproveitando alguma acomodação na curva do DI nesta véspera de deliberação sobre juros, tanto nos Estados Unidos como no Brasil. "Apesar do sinal dado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o governo brasileiro permanece disposto a negociar, a volatilidade com relação às tarifas anunciadas no dia 9 pelo governo Trump para o Brasil tende a continuar dando o tom aos negócios nos próximos dias, à medida que se aproxima a data-limite de 1º de agosto", aponta Papini, referindo-se ao prazo final para que seja efetivada a alíquota de 50% prometida pela Casa Branca para compras do Brasil.

Na ponta ganhadora do Ibovespa neta terça-feira, destaque para um dos papéis mais afetados pelas sobretaxas dos EUA, Embraer (BVMF:EMBR3), pela exposição da fabricante de aviões ao mercado americano. Hoje, as ações da empresa subiram 3,76%, à frente de Direcional (BVMF:DIRR3) (+3,10%), Brava (+2,74%) e Vivara (BVMF:VIVA3) (+2,72%). Com o petróleo em alta de mais de 3% em Londres e Nova York, Petrobras foi o destaque do dia entre as ações de primeira linha. Vale ON (BVMF:VALE3), por outro lado, cedeu 0,62%.

Do lado negativo do índice, Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) (-2,79%), Pão de Açúcar (BVMF:PCAR3) (-1,99%), Raízen (BVMF:RAIZ4) (-1,39%) e Auren (BVMF:AURE3) (-1,07%). Entre os maiores bancos, o dia era de recuperação bem distribuída, mas o sinal no fechamento foi misto, com variações entre -0,19% (Bradesco (BVMF:BBDC4) PN) e +0,58% (Itaú (BVMF:ITUB4) PN), o que contribuiu para a perda de ímpeto do Ibovespa no encerramento da sessão.

Em entrevista nesta tarde à Globonews, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que o pacote de medidas do governo brasileiro para fazer frente à tarifa de 50% sobre as exportações aos EUA representa uma "reação", e não uma "retaliação". A Broadcast mostrou ontem que a avaliação interna, no Palácio do Planalto, é de cautela sobre qualquer ação contra a medida dos Estados Unidos e os efeitos econômicos de uma guerra comercial entre os dois países. Sem citar o Brasil, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse ontem que as tarifas com a maior parte dos países ficarão no intervalo de 15% a 20%.

Por sua vez, em outra entrevista, à CNN Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que todo o mundo está "pisando em ovos" para saber o que o governo dos Estados Unidos quer, e que não foi o Brasil que criou um problema com os EUA que tenha levado ao anúncio das tarifas de 50%.

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