Ibovespa neutraliza perda no fim da sessão e sobe 0,31% na semana

Publicado 15.08.2025, 15:43
Atualizado 15.08.2025, 19:10
© Reuters Ibovespa neutraliza perda no fim da sessão e sobe 0,31% na semana

Em encerramento de semana condicionado, globalmente, pela cautela dos investidores, o Ibovespa seguia o sinal do exterior e emendava a terceira perda diária, embora hoje virtualmente neutro no fechamento, preservando ganho de 0,31% no agregado da semana, na casa dos 136 mil pontos.

Nesta sexta-feira, 15, chegou a acentuar um pouco o ajuste negativo a partir do meio da tarde, entre mínima de 135.583,07 e máxima de 136.431,44 pontos na sessão, em que saiu de abertura aos 136.354,37, com giro a R$ 24,6 bilhões nesta sexta-feira de vencimento de opções sobre ações.

Ao fim, marcava 136.340,77 pontos, em baixa de 0,01%. Na semana, o leve avanço de 0,31% sucede alta de 2,62% no intervalo anterior. No ano, acumula ganho de 13,35% e, nesta primeira quinzena de agosto, subiu 2,46%.

Como em sessões anteriores, poucos nomes de primeira linha conseguiram evitar o viés de baixa nesta sexta-feira, com destaque hoje para Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) ON, que subiu 4,03% mesmo com a relativa decepção suscitada pelo balanço do segundo trimestre, divulgado na noite de ontem. Vale ON (BVMF:VALE3) caiu 0,19% e as perdas do dia em Petrobras (BVMF:PETR4) ficaram em 0,09% na ON e em 0,03% na PN - com os três principais papéis do setor de commodities limitando o ajuste no fechamento. Na ponta ganhadora do índice, destaque para Marfrig (BVMF:MRFG3) (+8,75%), Pão de Açúcar (BVMF:PCAR3) (+6,74%) e BRF (BVMF:BRFS3) (+5,62%). No lado oposto, Embraer (BVMF:EMBR3) (-4,21%), São Martinho (BVMF:SMTO3) (-3,67%) e CSN (BVMF:CSNA3) (-2,87%).

"O Ibovespa operou perto da estabilidade, com o resultado do Banco do Brasil em foco: um pessimismo com relação aos números do banco que, de certa forma, já havia sido precificado, o que explica essa alta da ação, hoje", diz Felipe Moura, estrategista e sócio da Finacap Investimentos. Ele destaca que, em geral, os resultados das empresas brasileiras no segundo trimestre vieram até melhor do que se esperava, o que tem dado alguma sustentação para o Ibovespa mesmo com as incertezas que ainda prevalecem no cenário mais amplo, macro.

"Mesmo em linha com o esperado, e uma receita muito ruim pelo lado do agro para o Banco do Brasil, não foi o evento decisivo do dia. Além do balanço do BB, houve alta em dados do varejo dos EUA, que resultou em avanço dos juros futuros americanos, após uma leitura, na semana, sobre a inflação no atacado dos EUA em julho que já se mostrava pressionada, esfriando desde então as apostas de cortes de juros por lá. Economia americana segue forte, o que resulta em nova ponderação sobre o espaço que o Federal Reserve terá para, de fato, cortar a taxa de juros", diz Bruna Centeno, economista e sócia da Blue3 Investimentos.

O quadro das expectativas para o desempenho das ações no curtíssimo prazo está um pouco mais equilibrado no Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira, em comparação à edição anterior. Entre os participantes, a previsão de alta para o Ibovespa na próxima semana recuou de 50% para 37,50%, enquanto a de estabilidade subiu de 12,50% para 25%. A estimativa de queda manteve-se em 37,50%.

Nesta sexta-feira, o Ibovespa manteve margem de variação relativamente estreita desde a abertura, como os demais mercados, sem catalisadores de maior peso até que se conheça o resultado da reunião no Alasca, com início neste fim de tarde (horário de Brasília), entre os presidentes dos EUA e da Rússia sobre a guerra na Ucrânia. Detalhes devem ser divulgados e processados pelos agentes econômicos ao longo do fim de semana, de reunião que deve se estender por horas.

Ponto mais forte da agenda global neste encerramento de semana, a cúpula entre Donald Trump e Vladimir Putin deve abordar "todo o espectro de relações" entre os dois países, e não apenas a Ucrânia e a cooperação econômica bilateral, afirmou o representante especial do Kremlin para cooperação econômica com países estrangeiros, Kirill Dmitriev, segundo a agência RIA Novosti. Dmitriev também descreveu o clima antes da reunião como "combativo".

A caminho da cúpula, Trump afirmou que se o encontro com o líder russo não correr bem, voltará para casa "muito rapidamente". A declaração foi feita em entrevista à Fox News, no avião presidencial, rumo ao Alasca. "Vai correr tudo muito bem na reunião", assegurou no trecho da entrevista exibido pelo veículo americano. Antes, Trump tinha afirmado que deseja um cessar-fogo rapidamente para o conflito entre Rússia e Ucrânia, e ressaltou que "não ficará feliz" se não acontecer hoje, em vídeo publicado na Truth Social nesta sexta-feira. Nas imagens, o republicano já estava a bordo do Air Force One.

Na mesma entrevista à Fox News, Trump afirmou que vai "arrumar as coisas" na reunião de hoje com o líder russo para que um acordo de cessar-fogo na Ucrânia seja atingido com o chefe do Kremlin. Segundo Trump, não cabe a ele negociar um acordo para os ucranianos. "A próxima reunião será entre Zelensky, Putin e, provavelmente, eu", acrescentou. Nos últimos dias, o republicano tem condicionado a realização de uma segunda reunião a resultados "positivos" no encontro de hoje.

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