Por Swati Bhat e Suvashree Choudhury
MUMBAI (Reuters) - O banco central da Índia deixou a taxa de juros inalterada nesta sexta-feira, pressionando a rúpia para uma mínima recorde e surpreendendo analistas que esperavam que a autoridade monetária elevasse os juros para conter as pressões inflacionárias decorrentes da fraqueza da moeda local e dos altos preços do petróleo.
O Comitê de Política Monetária do banco central do país deixou a taxa de recompra em 6,5 por cento, apesar de 35 dos 64 analistas consultados pela Reuters terem previsto um aumento dos juros na semana passada. O Comitê também manteve a taxa de recompra reversa em 6,25 por cento.
A autoridade, no entanto, mudou seu viés de política monetária para "aperto calibrado" de "neutro".
Cinco dos seis membros votaram pela manutenção da taxa desta vez, depois que o Comitê a elevou em 0,25 ponto percentual em cada uma das duas reuniões desde junho.
"A postura atual de aperto calibrado significa essencialmente que, neste ciclo de juros, um corte na taxa de juros está fora da mesa e que não somos obrigados a aumentar os juros em todas as reuniões", disse o presidente do banco central indiano, Urjit Patel. "Conforme novos dados chegam, procuramos mudar nossas políticas de acordo."
Surpresos com a falta de ação do banco central desta vez, os analistas ainda esperam que a autoridade aumente os juros em pelo menos 0,50 ponto à frente, à medida que as pressões inflacionárias se tornarem mais pronunciadas.
O banco central reiterou sua meta de manter a inflação em 4 por cento no médio prazo em uma base "durável" e projetou uma taxa de 4,8 por cento até junho de 2019, ligeiramente melhor do que a previsão de 5 por cento dada em agosto.