Washington, 17 dez (EFE).- O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta sexta-feira um terceiro desembolso de 2,5 bilhões (US$ 3,2 bilhões) dentro do pacote de resgate à Grécia e elogiou o Governo do país pela "iniciada de difíceis e ambiciosas reformas estruturais".
Ainda assim, o FMI "vê pressões no setor público e sentimentos desfavoráveis nos investidores".
Por isso, a instituição financeira assinalou que "são essenciais reformas exaustivas e oportunas para garantir o crescimento renovado e uma dinâmica sustentável na dívida pública, protegendo os grupos mais vulneráveis".
Com o novo desembolso, a contribuição total da entidade ao plano internacional de ajuda à Grécia chega a 10,78 bilhões de euros (US$ 14 bilhões).
O Conselho Executivo do FMI, que representa 24 países e grupos de nações, apresentou os detalhes em um comunicado distribuído após a conclusão de sua segunda revisão sobre a forma como o Governo grego aplica o programa. Pelo plano, o fundo cederá 30 bilhões de euros (US$ 38 bilhões) ao longo de 3 anos.
O plano de empréstimos à Grécia faz parte de um acordo pelo qual o organismo internacional e a zona do euro concederão 110 bilhões de euros (US$ 140 bilhões) ao país até 2012.
"O fortalecimento do sistema tributário e a gestão das finanças públicas também são prioridades", assegurou o FMI.
O organismo também solicitou "planos globais de reforma nas empresas estatais e no sistema de saúde".
Por último, o FMI acenou com a possibilidade de transformar o empréstimo em um Serviço Ampliado do Fundo (EFF, por sua sigla em inglês), que "tem um período de pagamento mais amplo, se houver um acordo com a União Europeia e os Governos europeus para uma extensão paralela de seus respectivos empréstimos".
Em uma visita de inspeção em novembro, representantes do FMI e da União Europeia lembraram que a Grécia deve reduzir seu déficit a 7,5% em 2011. O índice terminará 2010 em 15,4%.
As autoridades gregas se comprometeram a reduzir o déficit fiscal em 30 bilhões de euros em cinco anos, dos 36 bilhões em 2009 para os 6 bilhões de euros em 2014. EFE