Por Camila Moreira
SÃO PAULO, 1º (Reuters) - O setor industrial do Brasil cresceu em setembro pelo segundo mês seguido, diante do aumento no volume de produção e no nível de empregos, com a confiança em relação aos negócios permanecendo elevada, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).
O PMI da indústria do Brasil, divulgado pelo IHS Markit nesta terça-feira, subiu a 53,4 em setembro, de 52,5 em agosto, igualando a marca mais alta desde novembro de 2017. A marca de 50 separa crescimento de contração.
Tanto a quantidade de novos pedidos quanto o volume de produção registraram em setembro aumento pela taxa mais forte em um ano e meio, abrangendo todas as três principais áreas do setor industrial.
O aumento das vendas teve como base uma demanda mais forte, conquista de novos clientes e oferta de novos produtos. O mercado doméstico concentrou a recuperação no volume de pedidos, uma vez que o volume de exportações diminuiu em setembro com um clima mais desafiador e problemas na Argentina, segundo os entrevistados.
Diante disso e com projeções otimistas de crescimento e fortalecimento da demanda, o nível de emprego na indústria brasileira registrou em setembro o maior aumento em sete meses.
O relatório apontou ainda que a inflação dos preços de insumos aumentou com o enfraquecimento da taxa de câmbio ante o dólar, chegando ao nível mais elevado em três meses.
Os produtores buscaram repassar essa carga aos clientes, elevando os preços dos produtos a uma máxima em três meses.
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As empresas ainda permaneceram otimistas quanto às perspectivas de crescimento, ainda que um pouco menos do que em agosto, prevendo condições econômicas melhores, políticas públicas favoráveis, demanda mais forte e inovações.
(Edição de José de Castro)