Por Camila Moreira
SÃO PAULO (Reuters) - O crescimento da indústria brasileira iniciou o ano com aceleração, criação de empregos e otimismo em alta, mas com aumento modesto no volume de produção, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta segunda-feira.
O PMI de indústria do Brasil subiu a 51,0 em janeiro, depois de ter terminado 2019 a 50,2, informou o IHS Markit. Leitura acima de 50 indica expansão.
De acordo com a pesquisa, o crescimento permaneceu inalterado entre os produtores de bens de consumo e se fortaleceu no setor de bens intermediários, mas os fabricantes de bens de capital ainda indicaram deterioração.
As empresas informaram que janeiro marcou o oitavo mês seguido de aumento nas vendas, embora de forma modesta, devido à demanda maior. Entretanto, as condições de concorrência e política econômicas imprevisíveis restringiram as vendas no começo do ano.
Por outro lado, o volume de novos pedidos para exportação continuou a diminuir em janeiro, chegando a cinco meses seguidos de contração.
Assim, o volume de produção aumentou, com o crescimento nas categorias de bens intermediários e de bens de consumo contrastando com a redução registrada em bens de capital.
O mês de janeiro teve como destaque ainda o crescimento do nível de empregos no ritmo mais rápido desde setembro, após dezembro marcar a primeira redução em cinco meses. Os entrevistados citaram expectativas de crescimeto nas vendas, investimentos e substituiçao de pessoal.
O otimismo em relação às perspectivas de negócios, por sua vez, também se destacou, com 78% dos participantes prevendo crescimento da produção.