Indústria do Brasil perde força e pressão inflacionária diminui em março, mostra PMI

Publicado 01.04.2025, 10:07
Atualizado 01.04.2025, 10:10
© Reuters. Centro de distribuição da Natura em São Paulon19/12/2019. REUTERS/Amanda Perobelli

Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - O setor industrial perdeu força no Brasil em março com um aumento mais fraco das novas encomendas e do emprego, embora a produção tenha avançado e as pressões inflacionárias tenham esfriado, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI) divulgada nesta terça-feira.

O índice compilado pela S&P Global caiu em março a 51,8, de 53,0 no mês anterior, mas ainda permaneceu acima da marca de 50 que separa crescimento de contração pelo 15º mês seguido.

De acordo com a pesquisa, a produção aumentou pela sexta vez em sete meses, com as empresas atribuindo o aumento a condições favoráveis da demanda. As novas encomendas também aumentaram, chegando a 15 meses sucessivos de alta, mas o ritmo foi mais lento em março, o que pesou no resultado geral.

Os novos negócios de clientes internacionais subiram pela primeira vez em cinco meses, com os participantes da pesquisa apontando ganhos em países latino-americanos, na União Europeia e dos Estados Unidos, mas ainda assim o avanço foi marginal.

Os níveis de emprego também avançaram moderadamente em março. Foi o 20º mês seguido de expansão, mas à taxa mais fraca no ano até agora.

"Esses resultados destacam a resiliência entre as empresas em um momento de incerteza econômica, desafios comerciais, inflação elevada e custos de empréstimos altos", destacou Pollyanna De Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, referindo-se aos aumentos das novas encomendas, volumes de produção e emprego.

Nesse cenário, os produtores brasileiros demonstraram otimismo em relação ao ano à frente, mas as expectativas de crescimento marcaram o menor nível em três meses. Os entrevistados preveem melhora das vendas e maiores investimentos, além de aquisições.

Em relação à inflação, a taxa de aumento dos custos de insumos foi a mais baixa até agora em 2025. Mas os entrevistados citaram que movimentos desfavoráveis da taxa de câmbio e especulação de fornecedores elevaram os preços de alimentos, químicos, componentes eletrônicos, metais, plásticos e têxteis.

As empresas adotaram uma postura menos agressiva em relação aos seus preços cobrados, marcando o aumento mais fraco desde maio de 2024. As que elevaram seus preços indicaram que o aumento dos custos de mão de obra, materiais e transportes foram repassados para os clientes.

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