🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Indústria do cimento prevê queda de 10% a 12% no volume de vendas em 2016

Publicado 10.12.2015, 19:19
Atualizado 10.12.2015, 19:30
© Reuters.  Indústria do cimento prevê queda de 10% a 12% no volume de vendas em 2016

SÃO PAULO (Reuters) - Os produtores de cimento do Brasil esperam queda de 10 a 12 por cento nas vendas do insumo em 2016, após queda estimada em 10 por cento para este ano, afirmou nesta quinta-feira o presidente da entidade que representa o setor.

"Vamos fechar 2015 muito certamente com algo em torno de 10 por cento de queda, porque a queda neste ano está acontecendo mês a mês e de forma progressiva", disse o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (Snic), José Otavio Carvalho, em entrevista à Reuters. De janeiro a novembro, as vendas caíram 9 por cento, para 59,74 milhões de toneladas.

Em novembro apenas, as vendas de cimento no Brasil despencaram 16 por cento sobre o mesmo período do ano passado, para 4,902 milhões de toneladas, recuando 12 por cento no comparativo com outubro.

Para Carvalho, o aumento da intensidade da retração das vendas deve-se à falta de reposição de obras novas, após a conclusão de projetos anteriores, em meio às incertezas causadas pela crise política e pela recessão.

"O setor vinha crescendo desde 2005, basicamente pelo segmento de edificação, que foi guiado por construtoras e incorporadoras capitalizadas, inflação e juros baixos, emprego e renda crescentes", disse o presidente do Snic.

"Hoje, todos os fatores que levaram à expansão da atividade imobiliária cessaram (...) Quando a crise atual veio, ainda havia um carregamento de consumo de obras em andamento, mas hoje estamos enfrentando uma situação de não termos reposição de obras de edificação e ausência de obras de infraestrutura", disse Carvalho. "Ainda não chegamos ao fundo do poço."

Na véspera, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) previu que a construção civil no país deve ter 5 por cento de retração em 2016, após já uma expectativa de queda de 8 por cento em 2015.

Enquanto isso, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) apontou que o volume de imóveis residenciais à espera de comprador no Brasil era de 96 mil até o final de setembro, mesmo nível de dezembro de 2014, apesar dos esforços do setor para reduzir esse inventário via corte de lançamentos e promoções ao longo deste ano.

Diante da perspectiva traçada pelos consumidores de cimento, Carvalho previu dificuldades para os produtores do insumo também para 2017.

"Para 2016 deve cair 10 a 12 por cento (as vendas de cimento), abaixo de 60 milhões de toneladas, e enxergamos 2017 em dificuldade também, porque mesmo que a economia se recupere, vai levar tempo para recompor o crédito, inflação, juros, renda e emprego", disse ele.

Segundo o presidente do Snic, o único fator que poderia ajudar o setor a enfrentar a retração atual e futura são obras de infraestrutura, atualmente responsáveis por 25 por cento do consumo nacional de cimento, ante os 75 por cento do setor imobiliário.

"O único instumento que poderia ajudar o setor a recuperar de forma mais ágil seria através de infraestrutura, mas isso depende também de haver mais estabilidade política", afirmou.

O Snic calcula a capacidade instalada de produção de cimento do país entre 80 milhões e 85 milhões de toneladas, número que pode subir para cerca de 100 milhões de toneladas nos próximos dois a três anos, diante de projetos de expansão iniciados antes do aprofundamento da crise. Com isso, a indústria pode pisar no freio e alongar novos projetos de expansão, disse Carvalho.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.