Arena do Pavini - A Pesquisa Industrial Anual-Empresa (PIA-Empresa) 2016 mostra um cenário de retração econômica, refletido em diversos indicadores: desde 2015, o número de empresas industriais ativas caiu de 323,3 mil para 321,2 mil, enquanto os investimentos no setor industrial caíram de R$ 192,3 para R$ 185,9 bilhões. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE. No mesmo período, fim do primeiro mandato e começo do segundo de Dilma Rousseff, que terminou com o impeachment, que afastou a presidente em abril e foi concluído em agosto, houve queda de 400.836 no número de pessoas ocupadas na indústria. Em relação a 2013, a queda foi de 1,3 milhões de pessoas ocupadas.
Indústria naval sofreu mais
A indústria naval foi um dos principais setores afetados pela retração: entre 2014 e 2016, o pessoal ocupado na construção de embarcações caiu de 61.543 para 31.505, uma retração de 49% no período. No Rio de Janeiro, houve queda de 74,2% na ocupação deste setor, o que equivale a menos 23.179 pessoas ocupadas.
Em 2016, a PIA-Empresa mostrou que existiam 321,2 mil empresas industriais ativas, com uma receita total de R$ 3,2 trilhões e despesas de R$ 291,7 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações, pagos a 7,7 milhões de pessoas ocupadas. Os investimentos (valores correntes das aquisições de terceiros e da produção própria em ativo imobilizado e melhorias) na indústria caíram de R$ 192,3 bilhões em 2015 para R$ 185,9 bilhões.
Em relação a 2015, destaca-se as variações no número de pessoas ocupadas dos seguintes setores: Fabricação de produtos de minerais não-metálicos (-56,5 mil pessoas ocupadas), Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-35,6 mil pessoas ocupadas) e Fabricação de móveis (-34 mil pessoas ocupadas).
As cinco atividades com maior participação na receita da indústria em 2016 foram: Fabricação de produtos alimentícios (23,2%); Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (10,4%); Fabricação de produtos químicos (10,1%); Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (7,8%); e Metalurgia (5,8%).
Indústria perdeu 1,3 milhão de pessoas ocupadas a partir de 2013
Entre 2007 e 2016, a evolução do pessoal ocupado da indústria mostrou crescimento até 2013, recuando a partir de então. Nesse ponto mais alto da série, a indústria chegou a ter 9,0 milhões de pessoas ocupadas. Em 2016, esse contingente caiu para 7,7 milhões, uma queda de 14,3% no período, ou menos 1,3 milhão de pessoas ocupadas.
Por Arena do Pavini