Brasília, 10 jun (EFE).- A inflação no Brasil foi de 0,74% em maio, o que colocou a taxa acumulada em 12 meses em 8,74%, a maior desde dezembro de 2003 (9,3%), divulgou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice registrado em maio foi o maior para o mês desde 2008 (0,79%). Nos cinco primeiros meses de 2015, a inflação acumulada foi de 5,34%, também a maior desde 2003, quando chegou a 6,8%.
De acordo com o IBGE, um dos fatores que mais pressionou a inflação em maio foi o aumento registrado nos preços dos alimentos e bebidas. A alta do tomate, por exemplo, foi de 21,38%.
O órgão também destacou o aumento da tarifa de energia elétrica, que só em maio subiu 2,77%.
A alta da inflação é uma das maiores dores de cabeça da presidente Dilma Rousseff, que enfrenta, além disso, um cenário de crise econômica, que em 2014 se traduziu em uma expansão de apenas 0,1%.
Para esse ano, as previsões oficiais e dos analistas do mercado apontam que a economia brasileira registrará uma retração de 1,2%, com uma inflação anual próxima a 8,5%. Apesar disso, o governo mantém uma meta de 4,5%, com uma tolerância máxima de dois pontos percentuais, que coloca o teto em 6,5%.
Frente a esse cenário, o governo anunciou um grande corte do gasto público e tem adotado medidas para aumentar a arrecadação pela via tributária.
Além disso, com o objetivo de reativar a economia, foi divulgado ontem um novo plano de infraestrutura no qual serão oferecidas várias obras ao setor privado, por um valor calculado de R$ 198,4 bilhões.