PEQUIM (Reuters) - A inflação ao produtor na China desacelerou pelo terceiro mês seguido em setembro em meio à fraqueza da demanda doméstica, indicando mais pressão sobre a segunda maior economia do mundo no momento em que permanece travada em uma guerra comercial com os Estados Unidos.
A inflação ao consumidor, por outro lado, acelerou ligeiramente em setembro em relação ao mês anterior, liderada principalmente pelos preços mais altos dos alimentos, mostraram dados oficiais divulgados nesta terça-feira.
No geral, as pressões de preços foram contidas, dando às autoridades flexibilidade para afrouxar a política monetária com o objetivo de sustentar o crescimento.
O índice de preços ao produtor, medida da rentabilidade industrial, subiu 3,6 por cento em setembro em relação ao ano anterior, contra 4,1 por cento em agosto, de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Estatísticas.
Analistas consultados pela Reuters esperavam desaceleração para 3,5 por cento.
Na comparação mensal, o índice acelerou a 0,6 por cento de 0,4 por cento em agosto.
Julian Evans-Pritchard, economista sênior da Capital Economics, destacou que o pequeno aumento mensal na inflação ao produtor reflete principalmente um aumento "insustentável" no preço global do petróleo.
Já o índice de preços ao consumidor avançou 2,5 por cento sobre o ano anterior, em linha com as expectativas e acelerando sobre 2,3 por cento em agosto. O resultado ainda permaneceu confortavelmente abaixo da meta de 3 por cento para 2018.
(Reportagem de Min Zhang, Stella Qiu e Ryan Woo)