BRUXELAS/FRANKFURT (Reuters) - A inflação na zona do euro enfraqueceu no mês passado, afastando-se ainda mais da meta do Banco Central Europeu e proporcionando mais um motivo para a autoridade monetária desacelerar a remoção dos estímulos econômicos.
A inflação nos 19 países que compartilham o euro desacelerou para 1,4 por cento, ante 1,6 por cento no mês anterior, disse a Eurostat nesta sexta-feira, outra leitura fraca para uma economia que vem sofrendo a mais forte desaceleração desde a crise da dívida.
Embora a moderação no aumento dos preços da energia tenha sido responsável pela maior parte do resultado, o núcleo da inflação, um indicador-chave para o BCE, também permaneceu fraca, desafiando a expectativa do banco de um aumento mais substancial.
Ainda assim, uma aceleração no núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia, passando de 1,1 por cento para 1,2 por cento, pode ser um pouco reconfortante para o BCE, já que os custos dos serviços estão finalmente subindo, sugerindo que os salários mais altos podem estar contribuindo para os preços ao consumidor.
Mas a maior preocupação do BCE agora pode ser a saúde da economia do bloco, e não as leituras mensais de inflação.
A zona do euro está crescendo pouco neste trimestre e o BCE já alertou que os riscos estão inclinados para baixo, sugerindo que mais notícias negativas podem estar por vir.