Por Kim Coghill
PEQUIM (Reuters) - As pressões deflacionárias na China diminuíram mais em maio, levando algum alívio a empresas sem dinheiro, mas a inflação ao consumidor foi menos intensa que o esperado, sugerindo que o banco central vai manter o apoio nos próximos meses sem pressa para cortar a taxa de juros.
A inflação ao consumidor subiu menos do que o esperado porque a pressão da alta dos alimentos diminuiu, enquanto os preços aos produtores se recuperaram mais do que o previsto, divulgou a agência de estatística nesta quinta-feira.
O índice de preços ao consumidor subiu 2 por cento em maio na comparação anual, comparado com avanço de 2,3 por cento em abril. Os preços dos alimentos subiram 5,9 por cento em maio na base anual, após avanço de 7,4 por cento em abril.
Analistas consultados pela Reuters esperavam que a inflação ao consumidor ficasse em 2,3 por cento, o mesmo ritmo que em cada um dos três meses anteriores.
Em um sinal de que o aperto para as empresas chinesas está diminuindo, os preços aos produtores caíram na taxa mais fraca desde novembro de 2014, favorecidos por investimentos do governo e preços mais altos de commodities.
O índice de preços ao produtor recuou 2,8 por cento em maio, contra queda de 3,4 por cento em abril. Na base mensal, os preços ao produtor subiram 0,5 por cento, terceira alta seguida.
Analistas esperavam queda de 3,3 por cento, ampliando as quedas que já duram mais de quatro anos e que afetaram as margens de lucro.
A inflação ao consumidor da China permanece bem abaixo da meta oficial de 3 por cento, e apesar do fortalecimento dos preços ao produtor analistas não veem a inflação nesses níveis impactando as decisões de política monetária.
"Nesses níveis, a dinâmica de inflação não é um fator importante nessas decisões de política monetária", disse Zhu Haibin, economista-chefe do JPMorgan.