Por Francesco Guarascio
BRUXELAS (Reuters) - A inflação na zona do euro caiu para o ritmo mais lento em mais de três anos em setembro, mais do que o estimado anteriormente, informou nesta quarta-feira a agência de estatísticas da União Europeia.
O recuo deve levantar novas preocupações sobre a situação da economia da zona do euro e pode reacender o debate dentro do Banco Central Europeu sobre como buscar seu objetivo de manter a inflação perto mas abaixo de 2% no médio prazo.
A Eurostat informou que os preços nos 19 países da zona do euro subiram 0,8% em setembro sobre o ano anterior, contra estimativa anterior de 0,9% e expectativa do mercado de 0,9%.
A agência também informou que o superávit comercial com o resto do mundo avançou para 14,7 bilhões de euros em agosto, de 11,9 bilhões no anterior, uma vez que as importações caíram mais do que as exportações.
A leitura revisada da inflação marcou uma desaceleração mais intensa do que a taxa de 1% de agosto. Foi o resultado mais fraco desde novembro de 2016, quando os preços subiram 0,6%.
Entretanto, o núcleo da inflação que elimina os preços voláteis de energia e alimentos não processados e é monitorado de perto pelo BCE, avançou para 1,2% em setembro de 1,1% em agosto, em linha com a preliminar da Eurostat de 1 de outubro.