Por Jan Strupczewski e Balazs Koranyi
BRUXLAS/FRANKFURT (Reuters) - A inflação da zona do euro desacelerou inesperadamente em março, ampliando a pressão sobre o Banco Central Europeu (BCE) no momento em que enfrenta uma desaceleração econômica que ameaça reverter anos de estímulo.
A inflação nos 19 países que usam o euro desacelerou a 1,4 por cento em março de 1,5 por cento no mês anterior, abaixo das expectativas do mercado de que repetisse a taxa e bem abaixo da meta do BCE de quase 2 por cento.
Em um sinal mais preocupante, o núcleo da inflação que exclui os preços voláteis de energia e alimentos, desacelerou a 1 por cento, leitura mais fraca desde abril de 2018.
Embora os salários estejam aumentando e o emprego esteja em uma máxima recorde, os preços ao consumidor vêm decepcionando e a inflação permanece fraca, desconcertando as autoridades e colocando em dúvida a capacidade do banco central de controlar os preços.
Separadamente, dados da Eurostat mostraram que a taxa de desemprego permaneceu em 7,6 por cento em fevereiro, mas o número de pessoas sem emprego caiu a 12,730 milhões, de 12,807 milhões em janeiro.