🚀 Ações escolhidas por IA em alta. PRFT com alta de +55% em 16 dias. Não perca as ações de junho!Acessar lista completa

Inflação supera riscos financeiros e aperto monetário de BCs deve continuar

Publicado 12.04.2023, 08:30
Atualizado 12.04.2023, 08:35
© Reuters. Logo do Fundo Monetário Internacional
20/04/2018. REUTERS/Yuri Gripas
CSGN
-

Por Howard Schneider e William Schomberg e Balazs Koranyi

WASHINGTON/LONDRES/FRANKFURT (Reuters) - Apesar das amplas advertências sobre os riscos econômicos apresentados pelo estresse recente no setor bancário, autoridades de política monetária globais mantêm o foco diretamente na inflação e na necessidade de continuar a elevar as taxas de juros para controlá-la.

O pedido de cautela veio de autoridades do Fundo Monetário Internacional (FMI) preocupadas com um colapso global, com os mercados de títulos dando sinais de recessão, e dos próprios formuladores de política monetária que dizem monitorar detalhes dos dados bancários e o humor de executivos do setor em busca de sinais de problemas.

Ainda assim, três dos quatro principais bancos centrais do mundo neste momento estão a caminho de aumentar as taxas de juros nas suas próximas reuniões, um passo que os mercados norte-americanos apostam que abrirá caminho para cortes nos custos de empréstimos logo após a chegada da recessão.

Em seu mais recente relatório Perspectiva Econômica Global, autoridades do FMI reduziram na terça-feira suas previsões para o crescimento mundial, mas disseram que há cenários "plausíveis", decorrentes das recentes falências do Silicon Valley Bank e do Signature Bank nos EUA e da fusão forçada do Credit Suisse (SIX:CSGN), que podem reduzir ainda mais o crescimento, enquanto problemas bancários mais sérios e crédito mais restrito podem paralisar a economia global.

Em contraste, os autoridades monetárias, mesmo após o recente estresse financeiro, parecem prontas para fazer mais para combater a inflação elevada, que ainda veem como o maior risco.

"O ônus permanece do lado de garantir um aperto monetário suficiente para 'finalizar o serviço' e levar a inflação de volta à meta", disse Huw Pill, economista-chefe do Banco da Inglaterra, alertando que os riscos de inflação "são significativamente de alta".

Embora a inflação no Reino Unido deva cair ante uma taxa de mais de 10%, a mais alta do mundo desenvolvido, Pill disse que a "potencial persistência da inflação gerada domesticamente" continua a ser uma barreira para atingir a meta de 2%.

Um dilema semelhante surge na Europa e nos EUA, partes do mundo que compartilham uma meta de inflação de 2% e uma sensação de que o ritmo subjacente de salto dos preços ficou travado em um nível muito mais alto do que isso.

O ponto fora da curva continua a ser o Japão, onde a inflação estagnada há muito tempo e o crescimento salarial apenas agora mostram sinais de mudança. O presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, em sua coletiva de imprensa inaugural na segunda-feira, enfatizou a necessidade de manter uma política monetária ultraflexível para ajudar a atingir de forma sustentável a meta de inflação de 2%.

INFLAÇÃO "ENRAIZADA"

Na Europa, depois de evitar a recessão e enfrentar um inverno com preços de energia abaixo do esperado, apesar da guerra na Ucrânia, as preocupações com a inflação mudaram da taxa básica impulsionada pelo petróleo para uma série de preços que continuam a subir.

Salários, serviços e alimentos impulsionam o atual crescimento dos preços a tal ponto que a atenção do Banco Central Europeu (BCE) se voltou quase inteiramente para a inflação subjacente, com medo de que o rápido crescimento dos preços corra o risco de ficar travado acima da meta.

Philip Lane, economista-chefe do BCE que normalmente tem uma postura mais cautelosa, chegou a sinalizar a possibilidade de vários aumentos de juros, já que o núcleo da inflação subiu para um recorde de 5,7% no mês passado. A inflação geral está quase 4 pontos percentuais abaixo do pico de outubro.

Uma medida de inflação dos EUA citada por autoridades do Fed, que exclui bens com os movimentos maiores e menores de preços, mostrou pouca melhora, passando de 4,75% em agosto para 4,59% em fevereiro.

A expectativa é de que o banco central dos EUA suba sua taxa de juros de referência em mais 0,25 ponto percentual no próximo mês e sinalize se mais incrementos podem ser justificados. O mercado de trabalho dos EUA continua forte, com a inflação agora concentrada em setores que são os mais intensivos em mão de obra e, segundo algumas pesquisas, os menos sensíveis a juros mais altos --más notícias para o Fed e uma dinâmica que pode elevar os custos dos empréstimos.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.