SANTIAGO (Reuters) - O índice de aprovação da presidente do Chile, Michelle Bachelet, aumentou em setembro, interrompendo uma tendência de queda recente que levou a cifra a um recorde negativo no mês anterior, informou a empresa de monitoramento Gfk Adimark nesta quinta-feira.
Bachelet, que comandou o país entre 2006 e 2010 e voltou para mais quatro anos em 2014, desfrutou de uma aclamação estratosférica depois de seu primeiro mandato, mas esses números despencaram quando a ambiciosa pauta de reformas de seu segundo mandato para tratar da desigualdade e da educação dos pobres empacou em decorrência de uma queda acentuada no preço do cobre, principal item de exportação do país, que afetou os investimentos e a economia como um todo.
A taxa de aprovação da política de centro-esquerda também foi abalada por uma série de escândalos de grande repercussão envolvendo práticas dúbias ou corruptas de membros de todo o espectro político.
O índice de aprovação de Bachelet subiu para 23 por cento em setembro depois de chegar ao recorde negativo de 19 por cento em agosto, e a taxa de desaprovação caiu de 77 por cento para 72 por cento no mês anterior.
"Um índice de aprovação de 23 por cento em setembro dificilmente pode ser chamado de positivo, mas certamente deixa para trás um inverno especialmente duro para a presidente", disse a Adimark.
A pesquisa entrevistou 1.070 pessoas entre 5 e 29 de setembro, e teve uma margem de erro de 3 pontos percentuais.
(Por Anthony Esposito)