Investing.com – O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,28% em novembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 12.
A expectativa consensual indicava alta de 0,30% e, em outubro, o IPCA registrou acréscimo de 0,24%. Desta forma, a inflação em doze meses apresenta elevação de 4,68%, ante 4,82% imediatamente anteriores.
Segundo o instituto, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis registraram elevação no mês passado. O grupo de alimentação e bebidas apresentou tanto a maior variação, com alta de 0,63%, quanto maior impacto.
Habitação teve elevação de 0,48% e transportes expansão de 0,27%. Por outro lado, comunicação recuou 0,50%.
Assim como na prévia, o IPCA-15, o subitem de destaque foi passagens aéreas, com valorização de 19,12%. Essa foi a maior contribuição de um subitem no IPCA de novembro.
O professor de ciências econômicas da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio, Rubens Moura, avalia que os dados vieram conforme o esperado, sem grandes surpresas.
No entanto, o fator clima está atrapalhando um pouco os alimentos, em seu entendimento. “Temos terras muito férteis, nutritivas, mas precisamos de insumos e adubos que dão adensamento. Infelizmente com a guerra, o excedente exportado de Israel tem ficado menor, o que tem encarecido insumos agrícolas, atrapalhando a produção”.
Agora, com política monetária do Banco Central menos contracionista, diante do ciclo de cortes de juros, a tendência é de menor restrição ao consumo, acredita o professor. Com décimo terceiro e Natal em vista, as pessoas estão mais propensas a gastar dinheiro.
“O Banco Central visa o controle monetário e só está diminuindo os juros porque a inflação, do lado das famílias, está ficando mais controlada. Boa parte do Produto Interno Bruto (PIB) é composta pelo consumo das famílias”, recorda.
Agora, com IPCA abaixo do limite de tolerância de 4,75% previsto na meta de inflação, o BC tem espaço para continuar os cortes dos juros, em sua visão.