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IPCA tem maior alta para junho em 19 anos, de 0,79%, mas abaixo do esperado

Publicado 08.07.2015, 10:58
© Reuters. Avião sobrevoando o Rio de Janeiro

Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - A inflação oficial brasileira acelerou a 0,79 por cento em junho, abaixo do esperado mas na maior alta em quase 20 anos para esse mês, puxada pelos preços maiores em despesas pessoais e passagens aéreas.

Em 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou avanço de 8,89 por cento em junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

Pesquisa Reuters com especialistas mostrou que as projeções eram de alta de 0,83 por cento na comparação mensal e de 8,94 por cento em 12 meses.

A alta de junho, na comparação mensal, foi a maior para esse mês desde 1996, quando subiu 1,19 por cento, e mostrou ligeira aceleração sobre os 0,74 por cento de maio. Segundo o IBGE, o maior responsável pela leitura foi o grupo Despesas Pessoais, com alta de 1,63 por cento, após 0,74 por cento no mês anterior, tendo impacto de 0,18 ponto percentual.

Dentro do grupo, os preços dos jogos de azar, com avanço de 30,80 por cento, e de empregado doméstico, com alta de 0,66 por cento, foram os principais destaques. Os jogos de azar, cuja alta refletiu reajustes nos valores de apostas, exerceu o principal impacto individual no mês, de 0,12 ponto percentual.

O segundo maior impacto individual veio de passagens aéreas, com 0,10 ponto após alta de 29,19 por cento nos preços. Isso levou o grupo Transportes a registrar avanço de 0,70 por cento em junho, depois de queda de 0,29 por cento no mês anterior.

Já Alimentação e Bebidas, embora tenha desacelerado a alta a 0,63 por cento em junho, ante 1,37 por cento em maio, ainda foi o segundo grupo com maior influência no mês, de 0,16 ponto percentual.

"Não sabemos até onde a contaminação da inflação vai... o que já vemos é uma demanda mais fraca segurando aumentos de preços", afirmou a economista do IBGE Eulina Nunes dos Santos. "Há uma queda de braço pela frente na inflação: a alta dos administrados e a sua retroalimentação versus a menor demanda por produtos e consumo", completou.

Ainda segundo o IBGE, os preços administrados --principal peso sobre a inflação neste ano-- tiveram em junho alta de 1,12 por cento, contra 1,23 por cento no mês anterior, acumulando em 12 meses 15,10 por cento.

Já os preços de serviços voltaram a acelerar a alta, atingindo 0,80 por cento, após avanço de apenas 0,20 por cento em maio.

O BC vem destacando a necessidade de "determinação e perseverança" no combate à alta dos preços e que quer fazer a inflação ir para o centro da meta no fim de 2016. Para isso, já elevou a taxa básica de juros a 13,75 por cento neste ciclo de aperto monetário, e deve continuar subindo.

© Reuters. Avião sobrevoando o Rio de Janeiro

Apesar da pressão sobre a inflação no presente, pela pesquisa Focus os especialistas começaram a reduzir as expectativas de ata do IPCA para 2016.

A meta de 2016 é de 4,5 por cento, com margem de dois pontos para mais ou menos. Para 2017, o centro do objetivo é o mesmo, mas com margem de 1,5 ponto percentual.

O resultado abaixo do esperado do IPCA em junho ajudava no recuo das taxas dos contratos de juros futuros nesta sessão, levando o mercado a apostar que a Selic deve subir apenas 0,25 ponto percentual no final deste mês, e não 0,50 ponto como esperado até a véspera.

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