Jerusalém, 11 abr (EFE).- O Comitê Eleitoral Central de Israel encerrou nesta quinta-feira a contagem dos votos das eleições realizadas anteontem, que foram adiadas por conta dos votos dos militares, diplomatas e presos, entre outros, mas anunciou que existem irregularidades.
Nos dados divulgados no site oficial do comitê não coincide a soma de votos obtidos por cada partido (4.291.707) com o total de votos válidos emitidos de 4.231.424, com uma diferença de 60.283 cédulas.
O comitê informou que investiga a disparidade, enquanto o partido Nova Direita, do ministro de Educação, Naftali Benet, e da ministra da Justiça, Ayelet Shaked - que poderia ficar fora da Câmara por um décimo ou entrar com quatro cadeiras - pede uma recontagem dos votos.
A apuração dos votos de soldados, diplomatas, emissários da Agência Judia, marinheiros, mulheres protegidas em refúgios, presos e doentes em hospitais terminou, informou o comitê.
O órgão acrescentou que "como tem sido feito durante toda a campanha eleitoral, o processo de verificação e controle de dados introduzidos no sistema começou antes de os resultados serem divulgados", sem especificar o motivo das irregularidades.
"Em vista dos resultados tão próximos e a importância de cada voto que pode causar oscilações na distribuição dos mandatos, e para preservar a pureza do pleito, o Comitê Eleitoral anuncia que a inspeção continua", se limitou a informar o comitê.
De acordo com a lei eleitoral, os resultados oficiais devem ser divulgados nos oito dias seguintes à votação e estes podem ser apelados ao Tribunal de Distrito que atua como Tribunal Administrativo até o dia 1 de maio.
Segundo os últimos dados, tanto o Likud, do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, como o partido Azul e Branco de Beni Gantz teriam obtido 35 assentos no Parlamento, mas o primeiro tem mais opções para criar uma coalizão de direita para formar um governo
Mas, minutos antes de ser anunciado o final da apuração, o partido de Benet tinha quatro cadeiras e os assentos dos dois grandes partidos tinham caído para 34.
Não se espera que as possíveis mudanças alterem o fato de que Netanyahu tenha a melhor posição para formar governo, mas sim poderia mudar as negociações para formar coalizão e a força negociadora dos pequenos partidos necessários para formá-la.