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Itaú mantém aposta de alta de 1 p.p. da Selic este mês, mas guerra pode elevar projeção para fim do aperto

Publicado 03.03.2022, 12:34
Atualizado 03.03.2022, 12:35
© Reuters.

Por Isabel Versiani

BRASÍLIA (Reuters) - O Itaú Unibanco (SA:ITUB4) mantém sua projeção de que o Banco Central vai desacelerar o ritmo de alta de Selic em sua reunião este mês, com um aperto de 1 ponto percentual, mas ainda vai avaliar as perspectivas à frente em face do choque de oferta trazido pela guerra na Ucrânia, afirmou a economista do banco Júlia Gottlieb.

Ela ressalta que o fato de o Comitê de Política Monetária já estar em um estágio avançado do ciclo de aperto e o real estar mais apreciado do que em 2021 dão uma vantagem ao país em um momento de alta acelerada das commodities, mas não descarta que a alta total dos juros tenha que ir além do previsto antes do início do conflito na Europa.

"Esse choque global de oferta acaba que de certa forma pode atrapalhar um pouco a desinflação brasileira, e aí pode suscitar mais aperto monetário. Ainda é cedo para dizer quanto, se isso de fato vai se materializar diante de toda a incerteza do cenário, mas a gente pode ver, se você tiver mais pressão inflacionária, isso batendo também na Selic", afirmou.

A projeção atual do Itaú Unibanco é que o ciclo de aperto levaria a Selic a 12,5%, com a alta de 1 ponto percentual sendo seguida por outra de 0,50 ponto e um último aumento de 0,25 ponto. Os números estão agora em discussão e uma atualização do cenário do banco será divulgada em breve.

A próxima reunião do Copom acontece nos dias 15 e 16 deste mês. Em fevereiro, o colegiado promoveu uma alta de 1,5 ponto, a 10,75%, mas sinalizou uma redução do ritmo de ajuste à frente.

Em relação à atividade, Gottlieb nota que a guerra traz riscos nas duas direções. A inflação potencialmente mais alta impactaria a renda real e o consumo das famílias, além da trajetória da Selic, mas por outro lado a alta das commodities tende a favorecer investimentos no país e pode abrir espaço para mais gastos de Estados e municípios, destaca a economista.

"O balanço de riscos está meio simétrico para nossa projeção de -0,5% (para o PIB), em um primeiro momento nossa ideia é não mudar essa projeção para o crescimento em 2022."

Sobre o risco de a alta das cotações do petróleo aumentarem as pressões para que o Congresso aprove medidas para conter o avanço da gasolina no mercado doméstico, possivelmente sem compensação fiscal, a economista afirma que qualquer medida que comprometa a sustentabilidade das contas públicas é ruim para o país.

"Isso aumenta a incerteza, aumenta prêmio de risco, tem impacto negativo sobre câmbio, juros, crescimento."

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