Libere dados premium: até 50% de desconto InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Membros do BCE alertam sobre desafio da inflação

Publicado 07.06.2024, 07:59
Atualizado 07.06.2024, 08:00
© Reuters. Prédio do Banco Central Europeu em Frankfurtn06/06/2024 REUTERS/Wolfgang Rattay
EUR/USD
-

Por Balazs Koranyi

FRANKFURT (Reuters) - Os membros do Banco Central Europeu (BCE) advertiram nesta sexta-feira que a etapa final do esforço para reduzir a inflação para 2% poderia ser especialmente difícil, mas disseram que estão confiantes de que a política estava funcionando como pretendido, enquanto alguns até viam espaço para flexibilizá-la ainda mais em 2024.

Na quinta-feira, o BCE reduziu as taxas de juros de seus recordes de alta, em um movimento há muito tempo previsto, mas não se comprometeu a flexibilizar ainda mais a política depois que os dados de inflação e de crescimento salarial das últimas semanas ficaram acima de suas expectativas, indicando que será necessário ainda mais tempo para atingir sua meta de inflação.

A maior advertência talvez tenha vindo da Alemanha, a maior economia da zona do euro, que jogou água fria sobre as sugestões de que um grande salto salarial neste ano seria um fato isolado.

"Espera-se que os salários negociados aumentem de forma particularmente acentuada este ano e continuem a apresentar um forte crescimento depois disso", disse o Bundesbank. "A inflação está se mostrando teimosa, especialmente no caso dos serviços."

Os aumentos salariais aumentam a renda disponível e, portanto, pressionam os preços para cima, principalmente em setores sensíveis aos salários, como o de serviços.

O presidente do Bundesbank, Joachim Nagel, disse que o corte da taxa de juros na quinta-feira não foi prematuro, dado o progresso da inflação, mas ele também disse que o BCE não estaria no piloto automático para novos cortes nas taxas.

Robert Holzmann, da Áustria, o único integrante do Conselho do BCE a se opor ao corte de quinta-feira, disse que a inflação está mais rígida do que o previsto pela autoridade monetária europeia e que, portanto, o banco precisaria agir com mais cautela no futuro.

MESES COMPLICADOS

O vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, disse que a inflação ainda pode aumentar em relação aos níveis atuais antes de cair de volta para 2% no final do próximo ano, tornando os próximos meses difíceis.

"Haverá meses em que a inflação poderá até mesmo se acelerar ligeiramente, mas estamos convencidos de que no próximo ano ela convergirá para a meta", disse ele à estação de rádio espanhola Onda Cero.

"Os próximos meses não serão fáceis", disse.

Embora a maioria dos membros do Conselho do BCE tenha evitado fazer previsões de política econômica, Gediminas Simkus, da Lituânia, sugeriu que poderia haver espaço para flexibilizar ainda mais a política monetária da zona do euro neste ano.

Quando questionado sobre a possibilidade de mais flexibilização monetária neste ano, Simkus disse: "Se a economia se desenvolver de acordo com a previsão, acho que sim".

Os mercados preveem entre um e dois cortes este ano e um total de quatro cortes entre agora e o final do próximo ano na taxa de depósito do BCE, atualmente em 3,75%.

Os economistas argumentam que qualquer taxa igual ou superior a 3% restringe o crescimento econômico, de modo que a política do BCE continuará a conter a economia até o próximo ano.

© Reuters. Prédio do Banco Central Europeu em Frankfurt
06/06/2024 REUTERS/Wolfgang Rattay

O mais próximo que a presidente do BCE, Christine Lagarde, chegou de prever futuros movimentos na quinta-feira foi quando ela disse que havia uma "forte probabilidade" de que o corte de quinta-feira não fosse único, mas sim o início de um processo de redução.

No entanto, membros da autoridade monetária que falaram com a Reuters na quinta-feira disseram que qualquer medida em julho é altamente improvável e que a próxima janela possível para cortar as taxas seria em setembro, desde que os dados anteriores a essa reunião apoiassem tal medida.

(Reportagem adicional de Andrius Sytas)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.