Rio de Janeiro, 4 jun (EFE).- Analistas dos bancos reduziram de 2,99% para 2,72% sua previsão de crescimento da economia brasileira para este ano, após a divulgação do decepcionante dado do primeiro trimestre, que registrou uma quase estagnação do Produto Interno Bruto (PIB).
Esta é a quarta semana consecutiva em que os analistas revisam para baixo sua projeção para o PIB, segundo a pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central, elaborada com base nas projeções de uma centena de economistas de bancos e instituições financeiras.
A queda de 0,27 ponto percentual na projeção para o PIB de 2012 ocorreu após o governo anunciar, na sexta-feira, que a economia brasileira só cresceu 0,2% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o último de 2011.
O crescimento nos três primeiros meses do ano esteve abaixo das piores previsões, já que os economistas esperavam uma expansão de 0,3% a 0,5%.
O resultado decepcionante deixou o PIB dos últimos quatro trimestres com uma expansão de 1,9%, mais de quatro pontos percentuais abaixo dos 6,3% registrados entre abril de 2010 e março de 2011.
Segundo a nova previsão dos analistas, a economia brasileira crescerá neste ano no mesmo nível do ano passado e não registrará a forte recuperação esperada pelo governo.
O Brasil cresceu 7,5% em 2010, sua maior expansão em um quarto de século, mas se desacelerou até 2,7% em 2011 como consequência, entre outros fatores, da crise econômica mundial.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconheceu recentemente que o governo esperava uma expansão de aproximadamente 3,5% neste ano, após ter projetado inicialmente uma meta de 4,5%.
O Ministério, no entanto, não anunciou uma nova projeção após a divulgação do resultado do primeiro trimestre.
Apesar de ter reduzido sua previsão para este ano, os economistas do mercado consultados pelo Banco Central mantiveram em 4,5% sua projeção para o crescimento econômico de 2013.
Quanto a outros indicadores, os analistas esperam que a inflação deste ano seja de 5,15% e que em 2013 chegue a 5,60%.
Em relação à taxa de câmbio, preveem que o dólar termine 2011 valendo R$ 1,90 e, para 2013, a expectativa é R$ 1,87. EFE