Investing.com - Alguns dos principais formuladores de políticas do Banco Central Europeu (BCE) queriam que o banco fosse mais longe do que no mês passado, quando reduziu as expectativas de alta e anunciou uma nova rodada de empréstimos de baixo custo para sustentar o setor financeiro.
No entanto, eles foram contrariados por outros que temiam que manter as taxas baixas por tempo demais pudesse prejudicar um setor bancário que tem problemas profundos de lucratividade, de acordo com as atas da última reunião de política divulgada na quinta-feira.
"Um número de membros expressou uma preferência inicial por estender a orientação futura até o final do primeiro trimestre de 2020", disse a ata. No final, o Conselho do BCE apenas prometeu não aumentar as taxas de juro até ao final de 2019.
"As preocupações apresentadas foram, de que com o tempo, os efeitos de taxas persistentemente baixas poderiam deprimir as margens de juros e lucratividade dos bancos, com efeitos negativos na intermediação e estabilidade financeira no longo prazo", disse a ata.
Os mercados financeiros venderam no rescaldo da reunião, julgando que as medidas não são o suficiente para fazer uma diferença significativa para uma economia que se abrandou acentuadamente nos últimos seis meses.
O banco disse que iria lançar uma nova rodada de operações de refinanciamento de longo prazo, conhecidas como TLROs, começando em setembro de 2019 e terminando em março de 2021, cada uma com um prazo de dois anos. Os empréstimos ajudarão os bancos a atender a um novo padrão básico de liquidez e a evitar o risco de acumular fundos e privar a economia de crédito.
Desde a reunião, o BCE deu uma série de indícios de que poderia estabelecer as bases para novos cortes nas taxas de juros. Por "mérito" a taxa paga pelos bancos para estacionar fundos na estrutura de depósito do BCE, poderia suavizar o efeito de penalidade de manter reservas em excesso.