Por Manoj Kumar e Aftab Ahmed e Mayank Bhardwaj
NOVA DÉLHI (Reuters) - A Índia anunciou neste sábado aumento nos recursos para a agricultura e lançou medidas de cortes de impostos à população, mas as propostas foram menos amplas que o esperado pelo mercado.
O governo do premiê Narendra Modi está enfrentando a mais acentuada desaceleração da economia em uma década, com queda no emprego, consumo e investimento.
O governo indiano estima que o crescimento do país no ano que se encerra em 31 de março vai recuar para 5%, o ritmo mais fraco desde a crise financeira global entre 2008 e 2009.
A ministra das Finanças, Nirmala Sitharaman, apresentou o orçamento do país para o ano a partir de 1 de abril e afirmou que 2,83 trilhões de rúpias (39,8 bilhões de dólares) serão alocadas para agricultura e atividades relacionadas, um crescimento de 5,6% sobre o montante do ano anterior.
Os recursos serão usados para ajudar agricultores a montarem unidades de geração de energia solar, bem como estabelecimento de um sistema nacional de armazéns refrigerados para o transporte de perecíveis.
A agricultura representa quase 15% da economia indiana de 2,8 trilhões de dólares e é uma fonte de sustento para mais da metade da população de 1,3 bilhão de pessoas do país.
Sitharaman anunciou também um novo sistema de imposto que inclui cortes para quem estiver preparado a desistir de uma série de subsídios fiscais. Ela ainda proibiu a cobrança de imposto sobre distribuição de dividendos para apoiar o investimento privado no país.
A oposição afirmou que o orçamento não resolve o problema na desaceleração do consumo e no investimento. "O governo promove uma completa negação de que a economia enfrenta um grave desafio macroeconômico", disse o ex-ministro das Finanças P. Chidambaram.
((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447753)) REUTERS AAJ