Washington, 5 abr (EFE).- O índice de desemprego nos Estados Unidos se manteve no patamar de 3,8% em março, um mês no qual foram criadas 196 mil novas vagas, informou nesta sexta-feira o governo americano.
A manutenção do índice mostra que a economia americana continua em um nível próximo do pleno emprego e que a geração de 196 mil novas vagas é um exemplo da recuperação de seu dinamismo, acima das expectativas dos analistas, que esperavam a criação de 172 mil vagas.
O índice de março é bastante superior ao de fevereiro, quando foram criados apenas 20 mil novos postos de trabalho, e que gerou preocupação para a possibilidade de uma forte desaceleração da economia dos EUA.
O salário médio, por sua vez, subiu US$ 0,04 por hora, para US$ 27,70.
Nos últimos 12 meses, os salários aumentaram 3,2%, um pouco abaixo do acumulado do mês passado, que registrou alta de 3,4%.
Já a taxa de participação na força de trabalho - a proporção de americanos que estão empregados ou buscando emprego - caiu levemente em março, para 63%, em comparação com os 63,2% do mês anterior.
Este foi o mês de número 101 no qual a criação de emprego cresce de maneira consecutiva nos EUA, a sequência mais longa de bonança no mercado de trabalho que se tem registro.
O Federal Reserve (Fed, banco central americano) anunciou que será "paciente" em relação a futuros aumentos das taxas de juros no decorrer deste ano, após o enfraquecimento registrado em alguns dos últimos indicadores econômicos.
Apesar disso, o presidente Donald Trump criticou duramente a política monetária do Fed ao assegurar que é "destrutiva e desnecessária", e o diretor do Conselho Nacional Econômico (NEC, na sigla em inglês), Larry Kudlow, chegou a sugerir que o banco central deveria reduzir as taxas de juros.
Os juros atualmente se encontram na faixa entre 2,25% e 2,5% nos EUA.